quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cliente oculto no shopping: "Ei, olha pra mim!"

Será que um indivíduo simples, de chinelo e vestindo roupas já bem surradas, recebe o mesmo tratamento que um engravatado no shopping? Fizemos o teste. Saiba o que aconteceu

Por Simão Mairins, Revista Administradores

Sexta-feira, passava das 18h. O rush já começava a se formar nas avenidas e no estacionamento do maior shopping da cidade já estava engarrafada a busca por uma vaga. Depois de circularmos um pouco e esperarmos bastante numa fila de indecisos que não sabiam se iam ao subsolo ou subiam ao primeiro andar do edifício garagem, finalmente encontramos um lugar para estacionar. Era o extremo do pátio, bem em frente ao portão que dá acesso à favela que fica lá por trás. Para a maioria dos que ali passavam, aquele lugar era uma espécie de Faixa de Gaza. Para nós, perfeito.
Já devidamente paramentado com a velha camisa (uns quatro anos de uso, no mínimo!) que comprei no Carrefour em um supercombo daqueles de três por R$ 12,00, um short que quase morreu afogado na água sanitária na minha mais mal sucedida tentativa de ser um solteiro competente na lavanderia, um par de havaianas pretas milimetricamente sujas de terra, um boné desbotado e a barba por fazer, desci do carro e simulei uma entrada triunfal a pé pela porta dos fundos. Mas foi só para entrar no espírito. O teatro de verdade tinha que funcionar lá dentro.
Já tomando distância do meu editor, Fábio Bandeira de Mello, que me acompanhou até avistarmos as primeiras vitrines, comecei a estudar o ambiente e ver mais ou menos por onde começar, seguindo na medida do possível o roteiro previamente elaborado. A ideia ali era entrar em lojas de diferentes segmentos e níveis, e ver, de fato, como um cara simples seria atendido em cada uma. Como o shopping é, do ponto de vista da oferta, relativamente democrático (com lojas bem caras e outras mais acessíveis), sabia que seria possível traçar alguns paralelos. Com isso em mente, fui lá.
Matéria foi publicada na edição 16 da revista Administradores (Imagem: reprodução)


O bom tratamento

No térreo, tradicionalmente, estão as lojas mais populares. A primeira em que parei foi uma de calçados. Mas, se o objetivo era ser maltratado para ter uma história interessante para contar aqui, não deu certo. Mal parei na vitrine e já veio um vendedor me dando boa noite. Como vi que ali me tratariam bem, acabei não demorando muito. Mas, antes de sair, deu tempo ainda de outro atendente se aproximar e, simpaticamente, dizer que, caso eu precisasse de alguma coisa, poderia chamar.
Quase em farrapos, como eu estava, cheguei a acreditar que os seguranças poderiam me tratar, no mínimo, como um suspeito. Foi então que resolvi pedir informação a um deles. Caprichando nas gírias e no sotaque malandrês, perguntei a um deles onde ficava o banheiro mais próximo. E aí o indivíduo teve a petulância de, também muito educadamente, perder uns segundos de seu tempo me explicando detalhadamente como chegar ao toilette. Agradeci, abaixei a cabeça e sai.
Com todo mundo me tratando bem ali naquela área, peguei a primeira escada rolante e decidi passar logo para o nível 2 da ação: as lojas intermediárias. Cai em cheio na entrada da filial de uma grande rede de móveis e eletrodomésticos. Cresci logo os olhos para uma TV LED 3D que chamava atenção na entrada da loja. Parei em frente a ela e comecei a ler os detalhes. No momento, havia uns dois vendedores atendendo outros clientes e, por alguns minutos fiquei sozinho. Mas logo que ficou livre, um dos atendentes veio até mim, falando sobre o produto, dando detalhes sobre a tecnologia e já adiantando as incontáveis formas facilitadas de pagamento que eu poderia ter.
Foi aí que comecei a desconfiar dessa história de preconceito. Principalmente agora, com a economia brasileira bombando. A turma já tomou consciência de que a classe C - e até a D - está endinheirada, ou pelo menos com crédito suficiente para ir às compras. "Não dá mais para tratar ninguém mal simplesmente por achar que não vai sair dali uma venda, porque todo mundo agora pode comprar", pensei.

Mas nem tudo é simpatia

Mesmo cada vez mais descrente na possibilidade de encontrar boas histórias para a pauta, dei sequência à caminhada e resolvi parar numa loja de ternos, mas já com a certeza de que o cara ia pensar: "olha lá que oportunidade: a classe C não quer só TV de LED, quer andar na beca, bem elegante". Então, parei. Olhei. Caminhei em frente à vitrine. Entre os manequins, vi que uns cinco vendedores conversavam lá dentro. Suspeitei até que um tivesse me visto. Mas, para tirar a prova, decidi entrar. Entrei, olhei, esperei. Opa! Ali a coisa começou a mudar de figura. Dos cinco desocupados que jogavam conversa fora lá nos fundos da loja, um deles só se dignou a vir me atender quando comecei a dessarrumar as camisas empilhadas em um dos armários internos. Mesmo assim, ele desistiu no meio do caminho, quando um desenvolto usuário de camisas Lacoste entrou na loja e seguiu em direção ao lado contrário de onde eu estava.
Aquele primeiro desprezo me animou e aí fui com tudo para o teste da praça de alimentação. Quase sempre que alguém passa em frente aos restaurantes e lanchonetes, é comum as atendentes exibirem o cardápio e convidarem a conhecer as ofertas. Eu, então, para mostrar com bastante ênfase que queria comer alguma coisa, passei lentamente por toda a circunferência do ambiente, olhando para todos os menus afixados nas paredes. Em alguns casos, me atrevi até a olhar nos olhos de uma vendedora. E nada. Quase no fim, ao me ver com ar de humilhado depois de ter sido preterido por uma garçonete, que me deu as costas para oferecer todo o brilhos dos seus olhos a um casal aparentemente mais bem abastados, a funcionária de uma cozinha pegou um cardápio no balcão e disse: "pode olhar, moço".
As piores
Definitivamente, a coisa começava a mudar de figura. Segui, então, com toda a estranha felicidade de estar sendo mal atendido, para uma loja de relógios. E foi aí que o bicho pegou. Assim como nos estabelecimentos anteriores, fui completamente ignorado. Havia três vendedoras conversando ao lado de um balcão, mas todo esforço que fizeram foi o de não me deixar perceber que elas haviam me percebido. Para fazer com que elas mesmas se denunciassem, resolvi me fazer uma vergonha: olhei bem para o preço de uma peça e esbravejei: "R$ 3 mil conto? Tá doido! Lá no centro acho um igualzinho por R$ 10". O trio não aguentou e soltou aquela risada, me fitando com olhares que dispensavam qualquer palavra. Com o rabo entre as pernas, sai cabisbaixo, saltitando de alegria por dentro. Minha matéria estava salva.
Pouco mais à frente, vi logo as duas mais caras lojas de roupas de todo o shopping. A 20 metros, já senti que ali estavam escondidas boas histórias. E não deu outra. Dessa vez, nem me dei ao trabalho de fazer o teste da vitrine e entrei logo. Já na primeira, fui mais uma vez ignorado e, por persistir na presença, comecei a assustar a pobre moça do caixa, que logo chamou o único vendedor homem presente naquele momento e lhe disse algumas coisas no ouvido, sem me perder de vista. O homem, então, se dirigiu aos fundos da loja e eu sai, já começando a temer uma aproximação de seguranças (o que estragaria meu trabalho no melhor da festa).
Nesse momento decidi, estrategicamente, mudar de piso. Foi então que cheguei ao setor de serviços, no último andar. Lá, entrei na faculdade, onde fui pedir informações sobre cursos: "dona, eu queria saber aí se vocês têm uns curso técnico, profissionalizante. É que eu tô desempregado e queria ver se eu aprendia uma profissão". E ela, fazendo uso de toda a estupidez que tinha em si, me respondeu, apontando para o lado oposto: "sei não. Vá perguntar lá dentro". Fui. Mas não havia ninguém por lá. Vi, entretanto, por um vidro, que por trás da mulher que me atendeu, uma moça simpática explicava alguma coisa a alguém.
Já com material suficiente e temendo um baculejo dos seguranças, pois provavelmente eles já haviam sido avisados pelo pessoal da loja de roupas sobre minha presença estranha, decidi ir embora. Só que as coisas não acabaram por aí. Fiquei curioso para saber uma coisa: como toda essa gente com quem lidei nesse dia me trataria se eu estivesse de terno e gravata?

Agora, engravatado

Sexta-feira, passava das 18h. Uma semana depois de passear com minha camisa surrada, o short manchado e o boné desbotado (todos suficientemente velhos), entrei triunfalmente (neste momento usufrua da sua capacidade de imaginar em câmera lenta), todo na beca, pela porta da frente.
Passo a passo, refiz todo o roteiro de uma semana atrás e o resultado foi, no mínimo, engraçado. Na loja de calçados, me atenderam da mesma forma nos dois dias. Parabéns para aquela turma. Dei o maior valor. Na filial da rede de eltrodomésticos, entretanto, aconteceu algo inusitado: fui muito mais bem tratado quando cheguei arrastando o chinelo. Não sei se simplesmente dei o azar de pegar um mau vendedor na segunda vez. Mas sai de lá com a suspeita de que os juros do crediário pagos pelo meu eu mais pobre poderiam ser mais interessantes que a possível compra à vista do meu eu mais rico.
Como iria jantar por lá mesmo, mudei o roteiro e deixei a praça de alimentação para o fim. Passei, então, pela loja de ternos, onde rapidamente fui atendido. Mas foi lá onde percebi o primeiro indício de um fato que viria a comprovar mais tarde: independente da roupa do cliente, alguns vendedores atendem realmente mal. Nesse caso, por exemplo, disse que queria uma camisa de uma cor que não tinha lá. A moça, então, me respondeu dizendo apenas que infelizmente não tinha, sem fazer nenhum esforço para me mostrar que poderiam existir outras opções.
Na sequência, voltei à loja de relógios. Confesso que estava ansioso para esse momento. E, de fato, foi um dos mais excitantes. Coloquei o primeiro pé na loja e a vendedora que mais havia zombado de mim na semana anterior me abriu um sorriso imenso: "Olá, boa noite! Posso ajudar?". Sem nenhum ressentimento pelo ocorrido do último encontro, pedi para ver um relógio femino para presentar minha namorada. Ela logo se apressou em abrir a vitrine, de onde tirou uma peça que, segundo ela, era uma das mais caras da loja, mas que valeria a pena. Disse que seria um presente encantador e que mulher nenhuma resistira aos lindos detalhes feitos com pedras preciosas. Já contente com a cena, não perdi muito tempo. Agradeci o atendimento e, para não sair com a impressão de que entrei só para olhar, pedi um cartãozinho, perguntei o nome e prometi que voltaria para comprar.
Repeti o mesmo modus operandi em todos os estabelecimentos seguintes. Na loja de roupas em que levantei suspeitas na primeira vez, fui recebido como um velho amigo da família. A moça do caixa chamou novamente o único vendedor homem presente no momento. Mas dessa vez não se preocupou em falar baixo: "fulano, por favor, atenda aquele senhor que acaba de entrar". Nessa hora, juro, quase comecei a rir. Mas consegui me conter. E então aproveitei a oportunidade para por em prática uma pequena vingança. Pedi para ver quase todas as camisas visíveis na vitrine e ainda boa parte das que estavam bem dobradas nas prateleiras internas. Depois disse: "Obrigado. Queria só dar uma olhada mesmo. Até logo".
Já feliz da vida, segui rumo ao ponto final. Novamente, entrei na faculdade e me dirigi à moça da recepção. Dessa vez, não era a mesma pessoa. Mas, tudo bem. Ela não era exatamente quem eu procurava. Cumprindo a formalidade, pedi a ela informações sobre MBAs e, depois de demonstrar um certo despreparo para a função, me apontou a moça da sala ao lado, aquela que uma semana antes a vi pelo vidro, atendendo um rapaz. Naquele instante, lá de dentro, ela já me olhava atentamente. Nos entreolhamos e ela me chamou. Na hora, percebi logo: foi amor à primeira vista (dela pelo que ela pensava ter no bolso do meu terno ou na minha conta bancária imaginária).
Como um cavalheiro, cruzei a porta e fui até sua mesa: "boa noite?", disse eu. "Olá.. Boa noite! Tudo bem?", disse a garota. Daí para a frente, mandei a mesma conversa. Só que, em vez de cursos técnicos profissionalizantes, pedi sugestões de bons MBAs. Ela, daí, tirou da gaveta um monte de panfletos com informações sobre diversos cursos. Enquanto eu olhava, já foi logo perguntando meu nome, e-mail e telefone (e eu fiquei morrendo de medo de a próxima pergunta ser: "vai fazer o que hoje à noite?"). Antes de eu decidir por uma opção, o senhor que estava ao lado (e eu havia pensado que era um cliente) chegou junto e começou a fazer recomendações, falar sobre formas de pagamento e até mesmo tentar me convencer a fazer duas especializações ao mesmo tempo (mal sabendo eles o quanto estou suando para pagar a que meu eu real está cursando!).
Satisfeito, agradeci a gentileza e, como um bom cafajeste, pedi o telefone e prometi ligar. Em seguida, dei as costas e sai por aquela mesma porta de vidro, para nunca mais voltar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Barsa: como a enciclopédia sobreviveu à revolução digital?

Expectativa do grupo é vender 70 mil exemplares até o fim de 2012. Próximo passo, no entanto, é conquistar consumidores jovens e mirar em modelos digitais

Por Isa Sousa, Mundo do Marketing


Até o fim de 2012, a Barsa terá vendido 70 mil enciclopédias no Brasil. O número não é comparável a média de 100 mil exemplares que alcançava por ano em seu ápice, mas é considerado excelente pelo grupo espanhol Editorial Planeta, que comprou a empresa há 12 anos. Item de luxo quando lançada, em 1964, os 18 volumes vermelhos na estante de casa significavam status: em reais, o material custaria R$ 10 mil. Os tempos são outros e hoje o material pode ser parcelado em 24 vezes de R$ 100,00. Atenta as mudanças, a marca não pensa (ainda) em abandonar o papel, mas já mira nas mídias online para atrair um novo público e não virar refém da revolução digital.
Para se adequar aos novos formatos de comunicação, os itens da enciclopédia passaram por adições e o consumidor ganha um DVD com acesso exclusivo ao site Barsa Saber, que dá direito a atualizações mensais durante um ano. Ao expirar o prazo, por R$ 100,00 é possível validar o sistema por mais um ano e assim sucessivamente. Com a iniciativa, a marca possibilita um relacionamento duradouro. Hoje são cinco milhões de clientes ativos.
Outra adequação da marca foram nos modelos de venda. Se em seu ápice, o porta a porta chegou a ter dois mil representantes em diversas capitais do país, hoje são 200 que circulam prioritariamente no interior do Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A justificativa é que o número reduzido possibilita um controle maior de pessoas. O formato é responsável por 30% das vendas.
A implantação do call center também é significativa. Com 80 operadores, o telemarketing é responsável por 50% das vendas da Barsa. A loja virtual é outra plataforma de sucesso. Inaugurada em fevereiro deste ano, por ela são vendidas 12 unidades por dia, que representa 3% das vendas totais. Os 30% restantes do faturamento da marca vêm da venda aos governos municipal, estadual e federal. Como o produto não encontra concorrência, não precisa de licitação.
A construção do desejo
Sem anúncios em mídias tradicionais ou ações de Marketing nas mídias digitais, motivo da sobrevivência da Barsa está no imaginário que foi sendo construído por ela mesma durante seus quase 50 anos. "Quando foi lançada, tivemos grandes nomes que ajudaram na construção da marca. Houve Oscar Niemeyer falando de arquitetura, Jorge Amado sobre Bahia e Antônio Calado sobre literatura, por exemplo. A publicidade foi feita no boca a boca e, de lá para cá, as pessoas mantiveram o desejo. O sonho de qualquer um era ter uma Barsa em casa, mas era muito cara", lembra a Diretora de Marketing da Barsa, Sandra Carvalho, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Comparando-se à realidade da época, comprar a enciclopédia significava abrir mão de um fusca, carro popular na década de 1960. A grande mudança, no entanto, uniu a redução de custos da impressão, o cenário estável da economia brasileira e, principalmente, a ascensão da nova classe média, que já desejava o material, mas não podia comprar.
Diferente da década de 1960, hoje é possível parcelar o pagamento das enciclopédias em até 24 vezes. "A marca é aspiracional. Essas pessoas da classe média de hoje eram exatamente as crianças da época que desejavam o material, mas a família não tinha condição para tal. Hoje crescidos, eles podem realizar uma vontade que permeou o imaginário durante muito tempo e, mais ainda, ter a credibilidade que o produto sempre ofereceu, o que nem sempre a internet possibilita", avalia Sandra.
O desafio
Apesar das vendas estáveis, um dos desafios da Barsa é na conquista dos filhos da classe média. Mais ligados a Wikipedia do que a modelos tradicionais de pesquisa, os jovens terão de ser conquistados com plataformas digitais mais convincentes.
Entre os projetos do grupo, um aplicativo para smartphones e tablets está sendo desenvolvido e deve sair até o mês de novembro. Além dele, a marca vem testando nuvem de livros. "Os jovens são nosso maior desafio. A gente tinha uma geração de avós e pais que desejavam muito, mas manter essas pessoas de 14 anos será a parte mais difícil. Esse mundo digital não vai embora e isso é o futuro. Estamos testando e fazendo investimentos nessa área", afirma Sandra Carvalho.
Na opinião Coordenador Adjunto do Centro de Empreendedorismo da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Marinho Aidar, a adaptação para o online não pode demorar. "O caminho é o digital. A Barsa continuará a ter espaço dela se fizer um modelo que dialogue, que tenha matérias e assuntos com fotografias, com vídeos, com conteúdo dinâmico. O Estadão e Folha de São Paulo, por exemplo, disponibilizam seus acervos nos sites. O caminho é de reinvenção. Se nada mudar, nem a forma de vender, é uma questão de tempo para começar uma curva descendente", avalia Marcelo Aidar.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

5 Documentários para Empreendedores que Querem Construir um Mundo Melhor


Postado em 24 de setembro de 2012 por Daniel Pereira

Empreendedorismo é o principal fator promotor do desenvolvimento econômico e social de um país. Identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo – Esse é o papel do empreendedor.
O fato é que precisamos desenvolver nossa sociedade na direção correta e para isso buscar inspiração nas fontes corretas é essencial. Eu gosto muito de assistir a documentários, pois acredito que eles trazem uma visão mais sincera e permitem que você tire conclusões melhores.
Abaixo um a lista de 5 documentários (+ 2 de bônus) com seus respectivos sites e link no iTunes. Sei que nem todos que lêem o blog tem acesso ao iTunes ou dominam a língua inglesa, mas infelizmente não tem jeito já que a maioria dos documentários não chegam ao Brasil, nem são traduzidos para o português. Espero que vocês consigam de uma maneira ou de outra assistir a pelo menos alguns deles. Mas lembre-se, se você quer construir um novo futuro, faça de tudo para conseguir assisti-los! ;)
1 – I AM
I AM
Tom Shadyac é um famoso diretor de Hollywood que após um acidente embarca em uma viagem para encontrar respostas para duas perguntas: “O que há de errado com o nosso mundo?” e “O que podemos fazer sobre isso?”. Tom visita algumas das grandes mentes de hoje, incluindo autores, poetas, professores, líderes religiosos e cientistas que procuram o problema e a cura fundamental para humanidade.
2 – Wisdom
Wisdom
Inspirado pela idéia de que um dos maiores presentes que uma geração pode dar a outra é a sabedoria adquirida, o cineasta Andrew Zuckerman viaja o mundo para entrevistar mais de 50 dos escritores mais proeminentes do mundo, artistas, designers, atores, políticos e líderes religiosos e de negócios – todos com idade acima de 65. O filme resultante capta suas vozes, presenças físicas, palavras e idéias, proporcionando um extraordinário legado para as gerações que se seguem e um retrato atemporal da sabedoria que conecta todos nós.
3 – Zeitgeist
Zeitgeist
Esse documentário mostra porque a sociedade deve se livrar da “Economia de Mercado Monetário” para embarcar na “Economia Baseada em Recursos”. É uma total reinvenção da maneira como a economia mundial é estruturada.
4 – Rip! A Remix Manifesto
Rip! A Remix Manifesto
Rip! A Remix Manifesto
O documentário mostra como a lei dos direitos autorais vai precisar ser completamente reformulada para suportar nosso novo mundo tecnológico. Várias entrevistas interssante com o fundador do Creative Commons Lawrence Lessig, o nosso ex-ministro brasileiro da Cultura Gilberto Gil, entre outros.
5 – Press, Pause, Play
Press, Pause, Play
A revolução digital da última década desencadeou a criatividade e o talento de pessoas de uma forma sem precedentes, desencadeando ilimitadas oportunidades criativas. Mas será que a cultura democratizada significa melhor arte, cinema, música e literatura ou é verdadeiro talento? Esta é a questão abordada por PressPausePlay, um documentário contendo entrevistas com alguns dos criadores mais influentes do mundo da era digital.
Bônus
Resolvi listar outros dois para vocês refletirem mais um pouco.
6 - Happy
Happy
O documentário nos leva a viagem que vai dos pântanos da Louisiana para as favelas de Calcutá, em busca do que realmente faz as pessoas felizes. Combinando histórias reais de todo o mundo e entrevistas com cientistas e líderes na pesquisa da felicidade, Happy explora os segredos por trás da nossa emoção mais valorizada.
7 – Something Ventured
Something Ventured
Esse documentário conta a história da criação de uma indústria que passou a se tornar o motor único maior de inovação e crescimento econômico em do século 20. O filme também inclui alguns dos melhores empresários, mostrando como eles trabalharam com Venture Capital para crescer empresas de classe mundial como a Intel, Apple, Cisco, Atari, Genentech, Tandem e outros.
E você recomenda mais algum?

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Por que as redes sociais cresceram tão rápido?

 

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Começo o post de hoje com um vídeo e uma pergunta: por que as redes sociais cresceram tão rápido? Vamos assistir ao vídeo.
 

Em meio à busca da sociabilidade, o ser humano com sua necessidade de se agrupar conecta-se às redes sociais e comunidades virtuais. As pessoas encontram uma nova forma de viverem e se comunicarem pelo desejo de encontrar pessoas com interesses comuns. Todos querem saber o que estão falando e quem está falando. Conhecer as diferenças de opiniões pode levar ao crescimento social ou pelo menos fazer com que as diferenças sejam respeitadas.
Transparência, regras, respeito mutuo são cada vez mais observados em meio às empresas que abraçaram as redes sociais como meio de comunicação. Hoje também temos outro público que está entrando de vez na rede social – o político, mas esperamos que seja trabalho sério a ser mostrado e venha acrescer sua vida pública às vistas do público.
No período entre 2010 e 2011, houve um aumento de 12% no número de visitantes únicos nas principais redes sociais. Desse total, a maioria está no Facebook e no Orkut, atualmente as duas maiores redes em número de usuários no Brasil. O infográfico abaixo ilustra um pouco de como foi esse crescimento.

18 das 20 marcas mais valiosas da América Latina estão no Brasil

 

No topo da lista, quatro bancos e uma operadora de telefonia comandam o ranking divulgada pelo Insituto Brand Finance

Por Redação, Administradores.com
 
De acordo com o ranking das marcas mais valiosas da América Latina da Brand Finance, 18 empresas que atuam no Brasil estão entre as 20 principais. No topo da lista está o Bradesco, com valor de R$ de 31,9 bilhões. Com valor de marca de R$ 26,8 bilhões, em 2º lugar, vem o Banco Itaú, seguido do Banco do Brasil (R$ 14,8 bilhões). A Claro, do México (R$ 11,6 bilhões), e o Banco Santander do Brasil em 5º, com valor de marca de R$ 11,4 bilhões complementam a lista do TOP 5.
De acordo com Gilson Nunes, CEO da Brand Finance América Latina., a liderança da marca Bradesco e as posições de Itaú, Banco do Brasil e Santander no ranking entre as 10 primeiras colocações vai além da importância que o setor bancário tem na economia.
"Mesmo com um crescimento menor em relação em 2011, fruto de novo cenário com quedas do PIB, do crédito e redução das taxas de juros, os bancos brasileiros demonstraram solidez e melhora do desempenho de suas marcas perante seus públicos", disse.
A soma do valor das 100 maiores marcas presentes no Brasil atingiu R$ 330,8 bilhões em 2012, um crescimento de 7% comparado a 2011. No resultado final, o Brasil representa 84% do valor total das 150 marcas mais valiosas; e o México se destaca como o segundo país em melhor posição, com a presença de 11 marcas que somam total de R$ 39,8 bilhões no rol das 150. As mexicanas presentes no ranking são a Claro (pertencente ao grupo América Móvil) e a Telcel.

20122011Marca Valor da marca 2012 (R$)
11Bradesco 31,9 bilhões
22Itaú 26,8 bilhões
33Banco do Brasil 14,8 bilhões
4n.dClaro 11,6 bilhões
57Banco Santander 11,4 bilhões
64Petrobras 11,2 bilhões
78Walmart 9,5 bilhões
85Vivo 8,8 bilhões
913Vale 8 bilhões
1011Fiat 7,9 bilhões
1115General Motors/Chevrolet do Brasil 7,8 bilhões
12n.dTelcel 7,6 bilhões
1310Caixa 7,4 bilhões
1416Volkswagen 7,2 bilhões
1519Unilever 7 bilhões
1622Bunge 6,856 bilhões
1718Pão de Açúcar 6,830 bilhões
189Casas Bahia 6,8 bilhões
1912Carrefour 6,5 bilhões
206OI 6,2 bilhões

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O PDV para a Geração Z

 

Postado por Ana Claudia Costa - 18/09/2012
 

Há 20 anos, era a indústria que alimentava a economia brasileira. Hoje, o varejo é o grande precursor e responsável pelo aquecimento e giro dos mercados. A transição de uma sociedade industrial para o conceito de serviços e comércio fortalece a economia e cria consumidores mais qualificados e exigentes.
O reflexo desse novo perfil de consumidor aparece, principalmente, no esforço de marcas e empresas, que inovam na forma como se relacionam e tratam o público –alvo. Grande parte desse comportamento está ligado à geração Z, um nicho de mercado que proporciona ao varejo descobertas diversas e um constante exercício de renovação.
Economicamente ativa, a geração Z se lança ao mercado e propõe ao varejo o desafio de entender esse novo consumidor, que preza pelo atendimento, pela interatividade e experiência da marca ou produto.
O mundo conectado acelera o processo de envelhecimento do conceito de marca e do ponto de venda. O que antes envelhecia em 10 anos, hoje, tem um prazo de validade muito menor. Assim, a releitura do público e da linguagem utilizada deve ser constante, no sentido de acompanhar a evolução do mercado e do consumidor.
Com esse cenário, o ponto de venda passa a ser pensado para a próxima geração, atentando-se ao comportamento e relação construída pelo shopper. A análise concentra-se na busca de respostas que definirão, claramente, quem são os novos shoppers e para onde caminha o varejo.
Para prender a atenção desse consumidor, a tecnologia é um caminho sem volta para o varejo, e essa conectividade abre novas possibilidades de inter-relação. Embora o desejo de compra não mude, o modo como o shopper recebe a mensagem faz diferença. Assim, inevitavelmente, o varejo passa por uma renovação estratégica, que inclui a questão da agilidade, do aumento do consumo e do consumidor mais informado em relação ao custo x benefício do produto desejado.
As vitrines de lojas, por exemplo, não são mais manequins estáticos. Hoje, embora sejam poucas, já temos lojas que investem na tecnologia para atingir o shopper Z. Em frente ao espelho ou à vitrine, a roupa escolhida é projetada no corpo do cliente e ainda mostra cores, tamanhos e outras opções de peças similares que compõem a produção.
A mudança do varejo e do ponto de venda vem acompanhada da necessidade de reposicionamento de produto, precificação, integração das plataformas físicas e virtuais e, principalmente da reprodução do mundo em que esse jovem vive.
Se olharmos a história do varejo, há uma reinvenção e atualização constante das relações com o mercado e busca pelo entendimento do comportamento do consumidor. Contudo, a diferença de gerações e o “abismo” existente entre os hábitos, culturas, comportamentos e até mesmo valores da geração Z para as demais, o que impõe um desafio de renovação do varejo ainda maior.
O varejista deve estar propenso a entender essa dinâmica e antenado a essas mudanças, que acontecerão muito rapidamente, a fim de suprir as necessidades de uma massa mais crítica e com consumo maior.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Infográfico: qual é o retrato do uso das redes sociais nas empresas brasileiras?

 

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Recente pesquisa apresentada pela Gentis Panel que entrevistou 1.709 pessoas, de presidentes a estagiários em empresas brasileiras, chegou nos seguintes resultados, destacados no infográfico a seguir:
 
Analisando os pontos de destaque do infográfico e da pesquisa
- 77% dos entrevistados usam Facebook (dentro e/ou fora do trabalho);
- 50% dos respondentes têm o LinkedIn como a segunda rede mais acessada. Vale lembrar que as entrevistas foram feitas com um público corporativo;
- 55% dos entrevistados são a favor do uso de redes sociais em ambiente corporativo.
  • Motivos dos indivíduos serem A FAVOR do uso de redes sociais em ambientes corporativos:
- 80% - Colabora com networking entre profissionais e com a geração de novos negócios para a empresa;
- 60% - Facilita a comunicação e a socialização entre funcionários;
- 44% - Permite estar por dentro do que é falado sobre a empresa na web;
- 43% - Ajuda a aliviar o stress do dia a dia por manter as pessoas conectadas com amigos e familiares.
  • Motivos dos indivíduos serem CONTRA o uso de redes sociais em ambientes corporativos:
- 95% - As pessoas não conseguem separar o uso pessoal do uso corporativo. Perde-se muito tempo de trabalho com assuntos pessoais;
- 31% - Facilita o vazamento de informações confidenciais para pessoas indevidas;
- 31% - Aumenta o risco de exposição indevida da marca por meio de pronunciamentos indevidos de funcionários que não estão autorizados a falar em nome da empresa;
- 31% - Fonte de informação desnecessária e irrelevante para o trabalho;
- 26% - Fazem uma exposição pessoal inadequada ao ambiente de trabalho;
- 12% - Afasta as pessoas de um contato pessoal real mais produtivo e social (olho no olho).
Qual a sua opinião referente ao uso das redes sociais no trabalho?