sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

QR Code: ações criativas para o público jovem

 

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Já é comprovado que o Brasil possui mais celulares conectados à internet do que usuários do Facebook, o que nos mostra uma grande oportunidade para desenvolvimento de ações para os públicos que estão conectados 24 horas por dia. Falamos mais especificamente dos jovens, que estão presentes na maioria das redes sociais e interagem a todo momento.
 
Quando falamos em smartphones, podemos analisar que ele é um meio de comunicação que reúne todos os outros meios em um único lugar. É isso mesmo! E ele se torna um grande aliado nas estratégias de comunicação digital. O QR Code entra como um facilitador para essas estratégias, e hoje, vou falar de um case que está ligado ao público jovem.
A Heineken conseguiu uma grande repercussão através de uma ação realizada no Festival de música Heineken Open’er, na Polônia. O público presente no evento poderia passar no stande da marca e deixar uma frase ou pensamento que, em seguida, era transformada em adesivo com o código QR impresso. Assim, qualquer pessoa que tivesse um celular com leitor de QR Code poderia scannear o código e começar uma conversa com a pessoa que portasse o adesivo. Assista ao vídeo abaixo e entenda como a ação funcionou.
Compartilhe com a gente outros cases de ações de QR Code para o público jovem.

Marketing: marca holandesa inova e promove aluguel de calças jeans


O consumidor paga uma taxa mensal e, após um ano usando o seu jeans, devolve para reciclagem


A marca holandesa Mud Jeans resolveu apostar em uma proposta e estratégia bem diferente para atrair consumidores. Esqueça a ideia de comprar a roupa na loja, lá os consumidores alugam a calça.
O processo funciona da seguinte forma na Mud. Em vez de comprar uma calça, você paga uma taxa mensal para alugar uma. É possível trocar o modelo nas lojas, fazer pequenas reparações caso o jeans descosture e, no fim do período de uso (um ano), a peça vai para a reciclagem.
Esse sistema permite aumentar a quantidade de material reaproveitado na confecção de jeans em até 50% - cortando os custos da produção, da venda e poupando impactos ambientais.
Por enquanto, o sistema de aluguel só funciona na Holanda. E você acha que essa estratégia funcionaria no Brasil?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O que o Exército pode nos ensinar sobre Marketing 3.0?

 

Postado por Thiago la Torre - 20/02/2013
 
Podemos dizer que desde 1968 as forças armadas tem um débito em sua imagem, que deixaria muitas marcas com medo de sair de casa; e mesmo sem campanhas milionárias, hoje é a instituição de maior confiança do brasileiro. Estatística que nos atiça a curiosidade: Como eles conseguem? Esta foi uma pergunta que me acompanhou desde quando comecei a fazer um curso sobre política e estratégia na Associação de Diplomados da Escola Superior de Guerra.

Minha primeira intuição era de que havia um planejamento com este objetivo. Estava errado, nem há menção sobre o uso de comunicação social (termo que eles utilizam para qualquer atividade de divulgação) na metodologia de planejamento estratégico da Escola Superior de Guerra. Minha segunda hipótese era de que mesmo sem um planejamento estratégico, havia um objetivo dos militares em fazer um reposicionamento da marca ou ao menos influenciar a percepção pública.
Enquanto esta hipótese é parcialmente verdadeira, realizarei a transcrição livre de uma resposta dada pelo Major General Floriano Peixoto Vieira Neto, durante uma palestra que participei: “O exército brasileiro não se preocupa, por assim dizer, com seu marketing institucional, pelo simples fato de que estamos acima disto. Nós simplesmente cumprimos nossa missão com excelência, ponto. Enquanto o exército americano depende do marketing para manter a opinião pública e consequentemente as grandes verbas, nós temos a sorte de não precisar disto”.

O Poder da marca exército brasileiro é indiscutível, mas se o branding desta marca não foi um processo minimamente intencional, me restava analisar alguns fatores para entender seu sucesso: Primeiro a identidade visual é de fácil reconhecimento e bem difundida. É bem fácil identificar algo do exército quando o vemos. Um ponto a favor, mas que não se sustenta por si só. O Visual marketing então, nem deveria estar mencionado. As peças de propaganda do exército foram executadas “de coração”, mas estão longe de transmitir emocionalmente o que deveriam.

Agora no brand equity (da maneira como o termo é utilizado no Brasil, significando os conceitos atribuidos a marca) eles simplesmente “cumprem a missão com excelência”. Acordam todo dia as 5h da manhã para reforçar os conceitos da marca e ter certeza de que ele está doutrinado em cada um dos envolvidos. O slogan “braço forte, mão amiga” é vivido intensamente e transmitida em cada interação com o público. Gostaria de exemplificar com uma experiência que aumentou meu rapport e likeability pela marca.

Quando meu grupo estava visitando a EsSa (Escola de Sargento das Armas) fomos recepcionados pelo comandante (equivalente ao C.E.O. de uma empresa) que nos mostrou o museu do local e nos acompanhou durante um tempo do qual provavelmente não dispunha, mas sempre com a mão amiga. Logo após a saída do museu toda a escola realizou uma demonstração de seus serviços, o braço forte, marchando a nossa frente, cantando o “grito de guerra” com os deveres da especialidade de cada bloco. O evento magno foi seguido de uma palestra sobre a estrutura organizacional e momentos de descontração com almoço e banda.

O ponto a ser destacado é: esta demonstração não surgiu de um plano de marketing, ou de um objetivo ou meta, ela surgiu da vontade pura de pessoas em mostrar os ideais que acreditam e vivênciam para a sua marca. A não necessidade de criar awareness, ou aumentar o market share, nos deixa com uma lição do Marketing 3.0 em seu mais puro conceito: como fazemos branding sem nos preocupar com a imagem.

Agora para nós, no mercado privado, que não temos este privelégio, resta-nos utilizar todas as artimanhas possíveis para criar uma marca que seja embutida de significado, neste grande caldeirão de informação.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Marketing na Internet: Será que Realmente Podemos Confiar Nisto!?



Você criou a sua pequena empresa em sua cidade. Ou de repente está pensando em começar um novo negócio e não tem certeza por onde – talvez até usar algum marketing na internet. O que você sabe é que você quer ter o melhor resultado no menor tempo possível.

Afinal … quem não quer isso!?

Então você ouve falar sobre aquele mundo quase desconhecido chamado “internet”. Ouve também que aparentemente há um pessoal tirando uma bela bolada na internet.

Você não tem muita certeza como nem qual o caminho seguir, mas algo é certo: você também quer uma fatia desse bolo.

Se essa história parece familiar então você sabe do que eu estou falando ..

Publicidade e Propaganda na internet


Sei que muitas pessoas chegam a ter medo quando ouvem falar de marketing na internet ou dos chamados “internet business”, mas não tema caro amigo – não é tão complicado assim.

O grande problema é que a internet é ainda um velho oeste aqui no Brasil e o problema com isso é que há muita pouca informação e controle do que é divulgado por aí. Escândalos e farsas é o que não falta. Talvez você até tenha caído em alguma promessa de dinheiro fácil em pouco tempo – assim como eu cai.

Com isso então você se pergunta:

“Será que podemos confiar nesse tal de internet marketing e toda as promessas que ela tem a oferecer?”

A verdade? Sim e não.

Legal minha resposta não!?

Marketing Poderoso na Internet


O grande segredo na verdade está no fato de que você não deve ver negócios na internet e o seu marketing como algo diferente do que acontece no chamado mundo “real”. Esse é o grande problema que vejo com muitas pessoas quando começam a tentar aprender marketing na internet. Elas veem como algo diferente, quase como se as regras do mundo real não se aplicassem ..

Mas aí que está todo o segredo: as regras são as mesmas!

Publicidade e marketing de internet precisa seguir as mesmas regras que empresas do mundo real seguem.

Elas precisam ter uma história.

Elas precisam chamar a atenção e atrair clientes de qualidade.

Elas precisam divulgar da maneira certa no lugar certo.

Elas precisam posicionar e diferenciar seus produtos.

Todas essas regras também são válidas para os mais diversos negócios na internet e todas suas variações.

Internet Marketing


Como então fazer um marketing na internet de qualidade!?

Simples.

Como falei as regras são as mesmas. A única diferença são os métodos e as ferramentas que você estará utilizando para divulgar e fazer a propaganda do seu negócio na internet.

internet marketing
Internet marketing é como nadar entre tubarões .. ou não

Vamos a um passo-a-passo do que você deve fazer para fazer um marketing na web de qualidade:

  1. Esqueça você: infelizmente ninguém está interessado no que você acha/pensa/quer/deseja; o que realmente importa é …
  2. O que você tem a oferecer para ELES: isso que realmente importa. Ache problemas e as dores que as pessoas têm e resolva-as. Simples. Depois ..
  3. Ofereça sua melhor técnica de graça: veja como você pode ajudar as pessoas da melhor maneira com sua melhor técnica … e a distribua gratuitamente! Sim – gratuitamente. Quando um artista lança uma nova música, ele lança a sua pior ou a sua melhor música!? Pois é.
  4. Colete e-mails: faça o seu cadastro em uma empresa de mail marketing confiável como a Aweber para que você possa fazer seu marketing na web sem problemas. Ofereça sua técnica em um formato PDF, vídeo ou áudio e depois …
  5. Mantenha contato!

Basicamente é isto!

Após isto você deve manter contato com as pessoas e realmente prestar atenção no que elas necessitam e precisam. Depois basta você resolver o problema delas da melhor maneira possível e pronto! Você estará fazendo um marketing na internet melhor que muitas pessoas!

Não tente complicar o que não deve ser complicado. Não veja como publicidade na web como um bicho de sete cabeças. Na dúvida, lembre-se do seguinte conselho:

“Procure as dores e os problemas das pessoas no seu mercado e as ajude a resolvê-los da melhor maneira.”

Fazendo isso as ferramentas e métodos são o próximo passo.

Agora, se você não tem certeza qual ferramentas utilizar, então eu recomendo imensamente que você faça o download do Manual do Empreendedor Digital disponível abaixo. Nele dou diversas dicas e forneço guias para ajudar você a desenvolver o seu negócio na internet.

Não perca tempo e baixe-o hoje mesmo!

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

10 coisas que as pessoas extraordinárias dizem todos os dias

Existem pequenas frases que têm o poder de mudar radicalmente o seu dia. Experimente


Quer fazer uma enorme diferença na sua vida e na vida das pessoas ao seu redor? Aqui estão algumas coisas que você pode – e deve – dizer diariamente aos seus funcionários, colegas, familiares, amigos, e todos com que você se preocupa.

#1. Aqui está o que estou pensando


Você está no comando, mas isso não significa que você é mais inteligente, ou mais esperto do que todos os outros. Faça um backup das suas declarações e decisões.

Dê as suas razões. Justifique com lógica, não com a autoridade.

Apesar de tomar o tempo para explicar as suas decisões com discussão ou crítica, opte por abrir as suas considerações para a colaboração de todos.

A autoridade pode assegurar que você é o certo dentro da empresa, mas a colaboração torna as coisas de todo mundo, e faz com que todos lutem por ela.

#2. Eu estava errado


Certa vez um líder acordou com uma ótima ideia para melhorar a produtividade da empresa, movendo as equipes para uma nova linha de produção, o que causaria um grande inconveniente para todos os funcionários da empresa.

Era um inconveniente para a empresa, mas a recompensa iria valer a pena. Pelo menos no papel. Na prática, não foi.

Então, algumas semanas atrás o líder se encontrou com a sua tripulação e foi sincero ao dizer que sabia que as pessoas achavam que aquilo não ia funcionar, e que eles estavam certos e ele – o líder – tinha errado e cometido um equívoco.

É claro que o líder se sentiu péssimo e estúpido com si mesmo, achando que as pessoas tinham perdido o respeito por ele.

Mas o líder estava errado sobre isso também. Mais tarde, um funcionário disse que o fato de o líder ter dito que errou, confirmou para ele que ele tinha um ótimo líder.

Quando você está errado, diga que está errado. Você não vai perder o respeito de ninguém. Muito pelo contrário. Vai ganhar o respeito…

Não tenha vergonha dos seus erros. Errar é humano.
Não tenha vergonha dos seus erros. Errar é humano.

#3. Isso foi incrível


Ninguém recebe elogios o suficiente. Ninguém. Escolha uma pessoa e diga a ela como ela fez um ótimo trabalho.

E sinta-se livre para voltar no tempo e ressaltar boas atitudes do passado recente. É possível fazer muito com um impacto positivo hoje, então não perca tempo.

O reconhecimento é um presente que não custa nada ao doador, mas que tem um efeito inestimável para o destinatário. Comece a reconhecer as pessoas que merecem. As pessoas vão te adorar por isso, e você vai se sentir melhor.

#4. Você é bem-vindo


Não estrague a diversão dos outros. Estar no centro das atenções pode parecer desconfortável ou inseguro, mas tudo que você precisa fazer é dizer que as pessoas são bem-vindas e que você está feliz por tê-las ao seu lado.

Não deixe de agradecer, dar os parabéns e ser você mesmo.

#5. Você pode me ajudar?


Quando você precisar de ajuda, independente de qual seja a ajuda que você precisa, apenas diga com a sinceridade e humildade que você precisa da ajuda dessa pessoa.

Certamente você irá obter a ajuda de que precisa. E durante esse processo você vai mostrar vulnerabilidade, respeito e disposição para ouvir – que na verdade são todas as qualidades de um grande líder.

E, além de tudo, são todas as qualidades de um grande amigo.

#6. Eu sinto muito


Todos nós cometemos erros, então nós temos muitas desculpas a pedir por: palavras, ações, omissões, demoras, falta de apoio, etc.

Diga o quanto você se arrepende pelos erros.

Mas nunca siga um pedido de desculpas com uma justificativa como “eu era louco naquela época”, ou “eu pensei que você…” ou qualquer outra declaração que de alguma forma diminui a sua culpa.

Diga que está arrependido, diga que está triste e pegue toda a culpa para si. Nem mais, nem menos. Apenas a culpa que lhe pertence.

#7. Você pode me mostrar?


Um conselho é algo temporário. O conhecimento é para sempre. Saber o que fazer ajuda, mas saber como ou porque fazer significa tudo.

Quando você pede para ser ensinado, ou para alguém lhe mostrar alguma coisa, várias coisas acontecem: você implicitamente mostra respeito às pessoas que estão lhe dando o conselho, você mostra que confia na sua experiência, habilidade e conhecimento, além de avaliar o melhor valor do conselho.

Não basta pedir um conselho. Peça para ser ensinado ou mostrado sobre as coisas. Então você sairá ganhando.

#8. Deixe-me lhe dar uma mãozinha


Muitas pessoas vêm o pedido de ajuda como um sinal de fraqueza. Então, muitas pessoas hesitam em pedir ajuda. Mas, todos precisamos de ajuda.

Não basta dizer: “há algo que eu possa ajuda-lo?”, a maioria das pessoas vai lhe dar uma versão de “não precisa, estou apenas olhando”, ou “não, eu estou bem”.

Seja específico. Encontre algo que você pode realmente ajudar. Diga que tem alguns minutos livres e pode ajudar a pessoa a terminar a sua tarefa. Ofereça a ajuda de maneira que a pessoa a enxergue como um trabalho colaborativo.

Então, feito isso, arregace as mangas e ajude.

Esteja disposto a ajudar seus funcionários a fazerem suas tarefas
Esteja disposto a ajudar seus funcionários a fazerem suas tarefas.

#9. Eu te amo


Não. Não apenas no trabalho ou para um funcionário em específico.

Mas sim em todos os lugares que você se sinta a vontade e confortável para dizer isso às pessoas, independentemente de para quem seja.

#10. Nada


Às vezes nada é a melhor coisa a dizer. Se você está chateado, frustrado ou com raiva, fique quieto. Você pode pensar que desabafar vai fazer você se sentir melhor, mas nunca vai.

Isso é especialmente verdadeiro quando seus funcionários estão preocupados. Os resultados vêm e vão, mas os sentimentos são para sempre.

Critique um empregado na frente de todos e vai parecer que estou acima dele. Mas no fundo, essa pessoa nunca mais voltará a confiar em você.

Antes de falar, gaste mais tempo considerando como os funcionários irão pensar e sentir sobre o que você vai dizer. Você pode facilmente evitar cometer um erro na frente de todos ficando calado.

Além disso, você nunca vai se recuperar do dano que causou à autoestima de um funcionário.

Fique quieto até que você saiba exatamente o que dizer – e que efeitos e consequências as suas palavras terão.

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Este artigo foi adaptado do original, “10 Things Extraordinary People Say Every Day”, da revista Inc.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Coca-Cola instala caixa eletrônico que permite sacar dinheiro de graça

 

Na ação, as pessoas podiam sacar 100 euros grátis e sem cartão desde que se comprometessem a dividir com os outros

Para fortalecer o seu discurso sobre a importância de se compartilhar a felicidade e os bons momentos, a Coca-Cola lançou uma nova ação de marketing na Espanha que vem enfrentando uma grave crise econômica.

A marca instalou nas ruas um eletrônico diferente, chamado de El Cajero de la felicidad. Neles, as pessoas podiam sacar 100 euros grátis e sem cartão. “Quando os usuários selecionavam a opção sim, uma mensagem surgia na tela: Apenas se você se comprometer a compartilhá-lo”.

Além de fornecer o dinheiro, outra opção no caixa apresentava várias ideias de como a pessoa poderia dividir. Algumas pessoas voltaram para contar como resolveram gastar os cem euros. Assista abaixo ao vídeo da campanha:



Harlem Shake, Gangnam Style e as duas grandes filosofias da Administração (sim, você leu certo)


Sim, isso tem a ver com Administração

Em um texto recente, meu querido editor no Administradores, Simão Mairins, defende o ridículo, mesmo sem entender o porque do sucesso de algo como o Harlem Shake, entre tantas outras febres que volta e meia tomam a Internet. O Harlem Shake não é só genial, mas colocado ao lado do Gangnam Style, seu antecessor em sucesso na Internet, tem muito a nos ensinar sobre administração.
O Gangnam Style é um produto fantástico. Apesar de nós, ocidentais, nunca termos ouvido falar no artista, o cantor Psy já possuía uma carreira respeitável, inclusive com passagem como estudante por uma famosa escola de música nos EUA. Ao assistir ao vídeo, percebemos como tudo foi perfeitamente planejado e executado. Do cenário, passando pelos personagens, danças e expressões faciais, tudo é de uma clareza de execução de fazer inveja.
O Harlem Shake, por outro lado, é uma bagunça. A premissa básica é que nos primeiros momentos da música, um grupo de pessoas aparece “fazendo nada”, vivendo suas vidas sem mostrar muita emoção. Enquanto isso, apenas um indivíduo usando máscara ou um capacete faz uma dança repetitiva e ridícula. Na segunda parte da música, o caos aparece, com pessoas pulando e dançando como se o mundo fosse acabar amanhã.
Uma das versões do Harlem Shake:




Enquanto os cenários do Gangnam Style são meticulosamente planejados, o Harlem Shake é um quadro em branco: foi repetido em cidades famosas, faculdades, feito por equipes esportivas, empresas, famílias e até garotas de biquini. O Gangnam Style é o Top-Down (de cima para baixo). Harlem Shake não poderia ser mais Bottom-up (de baixo para cima).
Se quisermos seguir os livros textos, eu poderia dizer que Psy do Gangnam Style é um case da tradição de planejamento em Administração: escolha um objetivo, execute à perfeição, e os consumidores virão. Funciona? Levando em conta a fama que o cantor alcançou, com passagem até pelo carnaval brasileiro e direito a encontro com o secretário geral das Nações Unidas, é possível dizer que sim (afinal, até as ações da empresa do pai do cantor tiveram alta na bolsa depois da estreia da música).
Relembre o Gangnam Style:




Psy é Porter, Harlem Shake é de recursos. O Harlem Shake é o que alguns chamam de escola emergente: forneça um “quadro básico” de atuação e deixe as coisas acontecerem. Funciona? Apesar de nenhuma versão específica ter alcançado a popularidade do Gangnam Style, a diversidade de vídeos é um belo troféu. O cantor coreano pode ter passado de um bilhão de visualizações em seu clipe, mas enquanto escrevo isso, o Youtube recebe 4.000 (sim, quatro mil) versões da dança por dia.
O vídeo coreano é a obra prima, feita e planejada para o consumo. O Harlem Shake é democrático. Psy é a Apple com seus designs brilhantes e produtos prontos, Harlem Shake é o Google, com flexibilidade e participação. Gangnam Style é a empresa controladora e perfeccionista, Harlem Shake é a tentativa e erro, a terceirização e customização ao gosto do freguês. Você consome Gangnam Style, mas pode participar do Harlem Shake.
Nesse ponto, eu poderia dizer que um é melhor que outro, mas não estaria sendo honesto com você. Adoro as duas. Apesar de muitos autores preferirem uma ou outra abordagem, é inegável que as duas funcionam. Talvez não seja uma questão de “quem é melhor”, ou até tentar explicar o sucesso de uma ou outra. Cada uma cumpre o seu papel.
É possível aprender algo com tudo isso? Claro que sim! Apesar de volta e meia alguém me acusar de ser raso em minhas explicações usando super-heróis, zumbis e agora sucessos da Internet para chegar a um ponto, acredito que nada faz uma ideia se prender à mente como uma bela imagem associada a ela (admiro muito o autor, mas confesso que prefiro associar “estratégias emergentes” à imagem mental das garotas de biquini dançando o Harlem do que a uma foto do Henry Mintzberg).
Então, se você sabe aonde quer chegar e possui a visão de um produto ou serviço acabado, o melhor a fazer é executar como se sua vida dependesse disso, com atenção a cada detalhe, nos melhores moldes da área de planejamento.
Se você quer usar a criatividade das outras pessoas, deve dar a elas um quadro de referência. É preciso uma direção, e a atividade precisa trazer algum benefício direto aos participantes. Se estiverem dentro das regras que você definiu, todos os esforços são bem vindos, e os melhores irão se somando. De grupos de discussão a grandes plataformas colaborativas, a chave é deixar a evolução fazer sua mágica.
Por último, concordo com o Simão que um pouco de ridículo não faz mal a ninguém. Afinal, o dia que todos nos comportarmos da mesma forma e tivermos os mesmos comportamentos, como teremos ideias diferentes?