quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A sua marca está pronta para a "Geração S"?

 

01 de outubro de 2012 · 15h43
 
 
Como as crianças nascidas nos últimos cinco anos vão consumir informação? Com certeza não será da forma como estamos acostumados. O acesso a conteúdo e serviços está cada vez mais atrelado às mais variadas telas, sejam elas do computador, do celular, do tablet, da TV. Daí a denominação de Geração S, que faz referência a touch screen, uma tecnologia que já está completamente integrada ao cotidiano, em especial dos adolescentes de hoje.
Cada nova geração conhece e acompanha avanços na tecnologia e na comunicação que mudam completamente seu modo de viver, sua rotina e suas experiências. A forma como acessam conteúdo, compartilham ou mesmo criam é completamente diferente de tudo que já vimos e vivemos até hoje.
Essas crianças e adolescentes nasceram e estão crescendo durante uma das mais significativas revoluções tecnológicas e digitais da nossa existência. O surgimento das telas nas quais basta tocar para ampliar, ler, copiar, corrigir, digitar e repassar conteúdos faz com que essa experiência seja completamente diferente de tudo que conhecemos. Isso é muito forte.
De acordo com o NPD Group, 27% de todas as TVs vendidas no primeiro trimestre de 2012 nos Estados unidos (quase 14 milhões) foram Smart TVs com acesso à Internet. Aliado a isso, o Gartner Group estima que quase 60 milhões de tablets serão comercializados este ano no mundo, dobrando o total de usuários. Sobre os smartphones, a previsão do Goldman Sachs é que as vendas alcancem quase 2 bilhões de aparelhos.
Esses jovens estão crescendo em uma sociedade onde as telas são usadas para tudo, do entretenimento à comunicação, educação, compras e transações. Isso torna o mundo muito menor e mais acessível, seja em tempo real ou sob demanda.
Os nascidos na Geração S nunca conhecerão um mundo sem telas, sem estarem conectados, sem toques ou controles de gesto, ou sem câmeras para captar, interagir, compartilhar e se conectar com outros instantaneamente. Quem nunca se surpreendeu ao se deparar com uma criança que navega melhor em smartphones ou iPads do que nós? É fato que elas já usam e interagem com as TVs de uma forma muito mais fácil que os adultos. O teclado e o mouse são elementos esquisitos a eles, bem como em breve serão os controles remotos.
Nesse contexto, como profissionais de marketing, marcas, varejistas e editores podem continuar relevantes para um público que espera transacionar quase tudo em uma tela sensível ao toque? Primeiro, eles precisam estar onde o consumidor está e garantir uma experiência de marca relevante, independentemente de como o conteúdo e as informações foram descobertos. Isso passa pela criação e redesenho de sites, de forma a contemplar, de forma adequada e dinâmica, diferentes telas e sistemas operacionais.
Hoje, 45% das empresas listadas na Fortune 500 não têm aplicativos ou sites otimizados para aparelhos móveis, de acordo com um recente estudo do IAB (Interactive Advertising Bureau). Mesmo considerando empresas e marcas que vêm criando aplicativos e serviços específicos para esse tipo de dispositivo, ainda há uma inadequação de target x ação.
Ou seja, os serviços disponíveis ainda não contemplam a geração S (que ainda é jovem, e não um consumidor formado), mas sim as gerações Y, Z e as mais velhas que, embora adorem a experiência, ainda são mais impactadas pelos meios de comunicação convencionais como TV, rádio, jornais, revistas e internet.
Esta longa jornada está só no começo, e em breve tudo deve evoluir. A hora agora é de pensar, aprender, testar, experimentar, identificar formas de mensurar adequadamente e, principalmente, de estarmos todos muito antenados e ligados na evolução tecnológica que diariamente bate à nossa porta.
Artigo de Fernando Tassinari, CEO da MRM Worldwide Brasil, agência que atua nos segmentos de Marketing Digital, Direto e de Relacionamento.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Marketing Invisível e Mídia Espontânea. Você sabe como utilizar a favor da sua Marca Pessoal?

 



por Hellen Morais




O consumidor é bombardeado por milhares de mensagens publicitárias diariamente e está cansado dos anúncios convencionais. Assim, a confiança em pessoas nas quais acredita ou com quem se identifica é explorada com sucesso pelo Marketing Invisível. Mais sutis que o Merchandising, já que se parecem com fatos comuns do cotidiano, as ações do Marketing Invisível têm maior poder de convencimento sobre o público. É ao não perceber que o fato vivenciado foi cuidadosamente arquitetado, que o consumidor o aceita como verdade e, dessa forma, desejar possuir o bem de consumo relacionado ao fato, isto é, o produto anunciado disfarçadamente.

Como funciona o Marketing Invisível?
O Marketing se embasa em pesquisas, inclusive de comportamento do consumidor, para definir suas estratégias. Estudos recentes têm mostrado o crescimento da intolerância dos indivíduos à publicidade e a queda na credibilidade dos anúncios. É aí que o Marketing Invisível entra, já que não se parece com a publicidade convencional. Modalidade do chamado Marketing de Guerrilha, ele faz uso de celebridades, jornalistas e pessoas comuns contratadas para falar bem de um produto ou aparecer com ele em fotos/vídeos em seus blogs e redes sociais.

Também há celebridades contratadas para usarem roupas, bolsas e/ou sapatos, entre outros bens, em situações em que certamente serão filmadas e fotografadas. Caso uma das fotos da celebridade seja estampada em uma capa de revista ou imagens da personalidade sejam veiculadas em um programa de fofoca, por exemplo, essa exposição pode garantir visibilidade ao produto em questão, gerando a chamada Mídia Espontânea, a qual é gratuita e gera excelentes resultados.

Mídia Espontânea e Buzz Marketing
Quem não se lembra da cena do filme “Dois filhos de Francisco” em que o pai de Zezé de Camargo e de Luciano compra fichas telefônicas, distribui entre os colegas de trabalho e pede que eles façam ligações para uma rádio pedindo que seja tocada a música que lançou a dupla sertaneja? A atitude do pai dos cantores impulsionou a carreira deles, pois a música figurou naquela semana como uma das mais pedidas pelos ouvintes e, consequentemente, uma das mais executadas.

Outro exemplo (mas pouco conhecido) ocorreu em 2005, quando cinco mil envelopes com fotos de uma expedição do navegador Amyr Klink, fotos estas com anotações feitas a mão e o suposto número do telefone de Klink, foram deixadas em táxis, shopping centers, cafeterias e outros locais da capital paulista. Cada pessoa que encontrou um dos envelopes e telefonou para Amyr Klink para devolver as fotos ouviu uma gravação deixada na suposta caixa postal do navegador e, na mensagem, ele justificava sua ausência devido à edição do documentário “O continente gelado” – sobre sua expedição à Antártica realizada anos antes - o qual seria exibido no canal National Geographic a partir de 6 de março daquele ano.

Certamente, apesar da decepção, quem tentou devolver as fotografias sem obter sucesso as guardou como relíquias, as mostrou a amigos e/ou parentes e explicou o motivo de não ter conseguido fazer a devolução, gerando o chamado Buzz Marketing, o tradicional boca-a-boca. Já a divulgação do que havia por trás da suposta perda de fotografias por Amyr Klink poderia levar à perda da credibilidade do canal National Geographic e poderia também manchar o nome do navegador, o que não aconteceu.

Como utilizar estas experiências em benefício da sua Marca Pessoal?
Muitos profissionais de diferentes áreas já fazem uso de estratégias para se beneficiar da Mídia Espontânea e do boca-a-boca. Alguns buscam serviços de assessoria para aparecerem na mídia a qualquer custo, com o é o caso das celebridades relâmpago. Outras, pelas mãos de profissionais de Comunicação ou por meio de sua própria Network, se oferecem como entrevistados de jornais, sites e programas de rádio e TV em casos com qualquer tipo de repercussão. Outra estratégia é aquela em que os próprios potenciais entrevistados criam as demandas, sugerindo assuntos a serem tratados pelos jornalistas, a exemplo de assuntos sobre cuidados com a saúde ou a respeito dos direitos do consumidor. Cientes de que os veículos de Comunicação dependem diariamente de profissionais de vários segmentos para atuarem como entrevistados ou comentaristas, sobretudo em casos de grande repercussão, como o assassinato do executivo da Yoki e da gripe H1N1, assumir a posição de fonte de informações torna os profissionais uma referência na área em que atuam, o que gera aumento da procura por seus serviços.

Concluindo, é de forma não explícita que o Marketing Invisível e a Mídia Espontânea permitem que as funções da publicidade sejam exercidas: pessoas e produtos sejam divulgados, desejos sejam estimulados e o público seja persuadido a consumir um produto ou serviço, ou ainda, o serviço prestado por um determinado profissional. As estratégias, portanto, contribuem com as decisões do consumidor, que acredita fazer sozinho suas escolhas.




Hellen Morais Fonseca, Jornalista, Especialista em Jornalismo Aplicado e Mestre em Letras (Linguagem, Cultura e Discurso). É Coordenadora e Jornalista Responsável da Revista Digital da UNIVÁS (REUNI), Coordenadora do Curso de Publicidade e Propaganda e membro da Comissão de Projetos e Eventos do mesmo Curso (COPEPP). Também é Docente do Curso de Jornalismo da UNIVÁS. Tem experiência como profissional de Comunicação Social, com ênfase Webdesign, Propaganda e Telejornalismo. Entre os trabalhos desenvolvidos como Jornalista, está o de repórter de programas da Rede Record, a exemplo de Domingo Espetacular, Jornal da Record e Fala Brasil.
E-mail: hellenmorais@yahoo.com.br

Detalhes do reposicionamento Ponto Frio para atingir classes A e B

 

Com conceito “Viva a Inovação”, rede passa a atuar com produtos premium de cada linha. Mudança visa desconfundir marca e evitar concorrência interna do grupo com as Casas Bahia

Por Leticia Muniz, do Mundo do Marketing | 15/10/2012

leticia.muniz@mundodomarketing.com.br

Ponto Frio, reposicionamento,inovaçãoAo completar 66 anos de fundação, o Ponto Frio se reposiciona no mercado e foca suas ações nos públicos A e B. Com o novo slogan “Viva a Inovação”, a rede varejista passa a dar maior destaque a linhas de produtos premium e tecnológicas. A ideia principal da mudança foi evitar a concorrência direta com as Casas Bahia, já que ambas as redes pertencem a holding Viavarejo. O novo posicionamento visa melhorar a percepção dos clientes sobre a marca, uma vez que pesquisa realizada pelo Data Popular indicou que o seu posicionamento não era compreendido de forma clara.

A mudança estava sendo analisada pela Viavarejo há dois anos. O grupo vinha percebendo que a falta de definição de target do Ponto Frio gerava um processo de canibalização com as Casas Bahia, que trabalha principalmente com a Classe C. “O que percebíamos é que o Ponto Frio era uma marca muito confusa, que ora se posicionava de uma forma, ora de outra e as duas redes acabavam concorrendo entre si. Quando fomos questionar os consumidores, também constatamos que eles não entendiam bem para quem a marca queria se posicionar. Foi então que entendemos que era a hora de mudar”, explica Flavia Altheman, Diretora de Marketing da Viavarejo.

Para gerar a diferenciação com as Casas Bahia, a decisão foi direcionar o Ponto Frio para o target A e B, trazendo os produtos mais tecnológicos de cada linha, os chamados hi-tech. O restante do portfólio de cada fabricante passará a ser comercializado pelas Casas Bahia, que continuará atuando com a classe C. “Continuaremos vendendo todas as categorias de produtos, mas, no caso das máquinas de lavar, por exemplo, ficaremos com as mais tecnológicas e as demais passarão para as Casas Bahia. O conceito será mesmo a inovação. Assim definimos e target e acabamos com a concorrência interna”, completa Flavia Altheman.

Ponto Frio, reposicionamento,inovaçãoTarget indefinido
A pesquisa encomendada ao Instituto Data Popular apontou que o público não entendia bem o posicionamento do Ponto Frio. Diante dessa informação, o processo de mudança começou em 2010 e, em parceria com a agência Future Brand, foi feito um trabalho de reformulação de marca. Em dezembro do mesmo ano, a primeira loja conceito da rede foi inaugurada em São Paulo. O diferencial do espaço está na inexistência das vitrines e o destaque para os artigos tecnológicos, expostos de forma a se tornarem um convite à experimentação pelos consumidores. “Abrimos para sentir como seria a aceitação dos consumidores.

À primeira vista não parecia uma loja do Ponto Frio. O que percebemos foi que as pessoas gostaram do que viram, se sentiram bem ali e gostaram de ter contato com os produtos. Decidimos então seguir esta linha”, diz Flavia Altheman.
Atualmente o Ponto Frio conta com 21 lojas conceito no país, que possuem espaços amplos, cores e comunicação clean e destaque para os produtos tecnológicos. A ideia é que os clientes tenham o acesso livre aos itens e sejam convidados à experimentação.

Aos poucos, todas as lojas da rede passarão por reformas para se adaptarem ao novo posicionamento. O objetivo é que, até o próximo ano, 100 estabelecimentos, incluindo shoppings e lojas de rua, sejam modificados. “As mudanças maiores serão nas lojas de shopping. Nas de rua também serão feitas mudanças, mas elas não serão tão grandes. As intervenções ainda estão sendo estudadas”, completa a Diretora de Marketing da Viavarejo.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Pesquisar o comportamento do consumidor é fundamental para inovar

 

Estudos aprofundados e rotineiros são essenciais para que as marcas avancem em relacionamento com compradores. Tema, novo no Brasil, ainda encontra barreiras entre teoria e prática

Por Isa Sousa, do Mundo do Marketing | 11/10/2012

isa@mundodomarketing.com.br

Comportamento do Consumidor,pesquisa,inovação,COPPEAD,estratégias de MarketingO estudo aprofundado e rotineiro do comportamento do consumidor é a principal ferramenta para que as empresas se posicionem - ou reposicionem - de forma assertiva no mercado. Mais do que produtos e serviços avançados e de qualidade, é necessário avaliar o que pensa e o que realmente deseja quem compra. Ainda que óbvio para alguns grupos, as pesquisas são as principais fontes para que a inovação seja uma aliada, e não uma inimiga, das marcas.
No Brasil, o tema de é relativamente recente, mas começa a avançar em um cenário de transformações econômicas e sócio-culturais. Nesse contexto, temas como globalização e sustentabilidade ganham destaque, além da compreensão por parte das marcas de que o consumidor é um formador de opinião. É ele quem vai determinar, por exemplo, atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), comunicação e construção de estratégias de Marketing. Mais do que vender, é preciso fidelizar e conquistar clientes.
Por parte das organizações, a atenção é para um cenário mais competitivo, onde é fundamental colocar em prática o que se tem bem determinado na teoria. “As marcas têm que entender de maneira mais profunda que esse caminho da pesquisa, de entender o consumidor, é essencial, até mesmo pela sofisticação do mercado brasileiro. Tanto o consumidor se tornou mais exigente, como a concorrência aumentou. E o insight de melhorar e se aprimorar vem da pesquisa, das lacunas e das formas como os compradores lidam com os produtos”, avalia Maribel Suarez, professora do COPPEAD/UFRJ, em entrevista ao Mundo do Marketing.
let it goEntre as marcas que entenderam o processo de diálogo, estão cases de sucesso do Nintendo Wii e da Apple, que não necessariamente têm as melhores tecnologias, mas conseguem gerar desejo. “A mudança de linguagem está na forma de compreender o produto. No caso do videogame, eles criaram algo que não é parado, apático, que as pessoas jogam sentadas. Existe ali uma atividade física. Os iPhones também não são os mais desenvolvidos do mercado, mas o consumidor tem vontade de ter um pela forma que a marca trabalha. Uma alteração na visão do que se vende cria uma inovação em relação à concorrência, que não está conseguindo perceber”, completa Maribel.
Entre o papel e a ação
Apesar da compreensão de que pesquisas aprofundadas do comportamento do consumidor são fundamentais para que as marcas realizem ações de inovação, a grande barreira no Brasil ainda é colocar em prática o que se sabe em teoria. Boa parte da dificuldade se deve ao entendimento errôneo de que é necessário priorizar o olhar da empresa e não o do consumidor, que é exatamente quem vai gerar o faturamento.
Outro desafio é especificar as formas de interação. “Os grupos precisam sair da cadeira e olhar a realidade dos clientes. Não só por meio das pesquisas, mas todas as formas de interação, como nos pontos de venda e na internet. Não existe outra forma. É preciso entender plenamente a realidade de seu público, a classe ao qual pertence e suas necessidades específicas”, avalia Maribel Suarez.
Esse “olhar para fora” também será fundamental ao se avaliar o desempenho de grupos concorrentes. “Não se pode ficar só no sucesso dos últimos anos. As empresas precisam entender as mudanças e estar à frente. Uma regra fundamental é que a inovação representa a dinâmica da competição. Quem é líder precisa inovar para se manter na liderança e quem não é, precisa inovar para conquistar mercado”, afirma a professora.
Comportamento do Consumidor,pesquisa,inovação,COPPEAD,estratégias de MarketingRedes sociais servem como ferramenta de pesquisa
Mais do que uma opção, a atuação das marcas nas redes sociais se transformou em uma obrigação. Além de estarem ligadas à inovação, já que são formatos recentes de comunicação, as mídias sociais são fundamentais também no processo de compreensão do comportamento do consumidor.
O diferencial, no entanto, é que estas redes não podem ser vistas como pertencentes à área de estratégias de Marketing tradicionais. “É preciso entender que a relação é a mesma com o consumidor, seja na internet, na loja ou na rua. As pessoas trabalham há anos com o dinheiro no banco, que é uma forma ‘virtual’, e com o dinheiro no bolso e ninguém fala ‘tenho R$ 50,00 reais na minha carteira e R$ 5 mil de dinheiro digital’. Portanto, o pensamento das marcas tem de ser integrado e se desdobrar em diversos ambientes”, define a professora Maribel Suarez.
O tema comportamento do consumidor e mídias sociais será, inclusive, um dos debates durante o 4º Encontro Internacional COPPEAD de Comportamento do Consumidor, que será realizado no dia de 30 de Outubro, no Rio de Janeiro. Entre os especialistas estão confirmados Robert Kozinets, professor da Schulich School of Business, no Canadá, e Johanna Moisander, coordenadora do programa de Doutorado em Comunicação Empresarial na Aalto University School of Economics, autora do livro Qualitative Marketing Research: A Cultural Approach.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A atuação do marketing e do merchandising nos supermercados

O marketing engloba a estrutura da empresa, o produto ou serviço oferecido, os vendedores, os repositores, os fornecedores, os distribuidores, os clientes, o mercado. Logo, por ser tão abrangente, deve ser também, bem elaborado e aplicado adequadamente de acordo com a necessidade do seu público


Ao passo que o mundo avança, as empresas e as pessoas se perguntam o que encontrarão mais à frente. "As empresas muitas vezes não conseguem reconhecer que seus mercados mudam de tempos em tempos." (Kotler, 2009: 16)
Antes de 1970, o marketing era voltado apenas às empresas com fins lucrativos. Todavia, as organizações sem fins lucrativos e estatais, enfrentavam problemas com o marketing. As igrejas buscam fiéis, partidos políticos precisam divulgar seus candidatos, as faculdades competem por alunos, os Ministérios precisam divulgar seus projetos etc. Ou seja, o marketing está presente em todos os lugares.
"À medida que o ritmo da mudança se acelera, as empresas não podem mais se basear nas antigas práticas empresariais para manter a prosperidade." (Kotler, 2009: 18)
As empresas devem tecer seu próprio tapete com qualidades e atividades de marketing exclusivas. Fazer as coisas um pouco melhor do que a concorrência não basta. Se quiserem alcançar o topo, satisfazendo seus objetivos e competindo mais eficientemente, elas deverão crescer e dominar o mercado.
Segundo Kotler, (2009) o marketing eficiente inicia com a pesquisa de mercado, observando os pontos que a empresa pode satisfazer em relação à concorrência; depois vem o posicionamento de sua oferta; o desenvolvimento do mix de marketing: produto, preço, ponto de venda e promoção; a implementação desse mix; e por último o controle do marketing, com o monitoramento e avaliação de seus resultados.
O merchandising são as ações promocionais utilizadas nos pontos de venda, que ofereçam informação e melhor visibilidade a produtos, marcas e serviços. Ele incentiva a motivação para compra dos consumidores. Por exemplo: uma árvore de Natal formada por panetones.
"O merchandising é constante." (Blessa, 2007: 02) Começa desde o layout da loja até a promoção dos produtos. Para que ele seja bem planejado existem algumas dicas:
  • Encontrar o diferencial entre o produto da empresa e os da concorrência. Com isso, é possível classificá-lo entre os demais;
  • Identificar e atender às necessidades dos consumidores. Assim toca diretamente no ponto;
  • Investir em novidades para o comércio e para o consumidor. Isso chama a atenção e desperta o prazer de se comprar neste estabelecimento e não nos outros;
  • Ser ágil para repor estoques. Para que não aja risco dos consumidores não encontrarem o que procuram etc.
Essas dicas devem fazer parte do dia a dia da empresa. Um consumidor que se sentir satisfeito num determinado estabelecimento compartilhará com outras pessoas fazendo propaganda.
O marketing tem como base a percepção visual. É ela que posiciona uma marca. De acordo com Blessa, (2007) para o consumidor "o que os olhos vêem, o coração sente." A primeira impressão faz o consumidor decidir se leva seu produto ou o de outra empresa. É justamente isso que o merchanding trabalha. Um produto que chama a atenção pela embalagem e que fica bem visível, leva o consumidor a memorizar e escolher determinado produto.
A informação sobre os consumidores é a principal ferramenta do marketing para qualquer negócio. Muitas empresas recolhem dados, mas poucas os utilizam de maneira adequada. Saber quem é seu consumidor, sua renda, em quais lojas ele compra, que produtos ele mais procura, se ele está satisfeito com os serviços e atendimento etc. torna mais fácil a sua fidelização.
Algumas dicas de merchandising para supermercados segundo Blessa (2007):
  • Os carrinhos de compra devem ficar perto das entradas;
  • Não colocar promoções na entrada, pois elas não interessam quem acabou de chegar;
  • Colocar produtos substitutos ou complementares próximos uns dos outros, como: arroz perto do feijão, escova de dente perto do creme dental, entre outros;
  • Oferecer serviço de ensacamento das compras etc.
Considerações Finais
A integração do marketing à comunicação possibilita vantagens à organização. A empresa precisa planejar bem sua estratégia de marketing e divulgá-la adequadamente a fim de estabelecer sua identidade, fidelizar clientes e conquistar mercado.
A união do marketing ao merchandising favorece os supermercados à medida em que entendem as necessidades e desejos dos consumidores. Sempre que obtiverem novas informações acerca de clientes ou grupos de clientes, será mais fácil estabelecer novas ações de marketing e merchandising ao público alvo

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A importância das redes sociais para as empresas

 

Postado por Camila Pissaia - 08/10/2012
 

Muitas transformações do mercado estão fazendo as empresas reverem o seu relacionamento com o consumidor. O Sac virou 2.0, o Facebook virou página de cliente fã, o Twitter virou painel de notícias e comunicação direta com o consumidor, o Instagram e o Foursquare já fazem parte do dia a dia de muitas marcas. O contágio emocional está atraindo as empresas para diversas redes sociais. E as empresas, como estão atuando com tudo isso?
Nenhuma empresa quer ficar de fora, pois sabe que, atualmente, estar próximo do consumidor é mais do que abrir canais de venda perto de suas casas, vai além de jogar panfletos debaixo da porta e está longe de ligar tarde da noite oferecendo o seu serviço. O relacionamento com o consumidor atual está nas redes sociais. Por isso, criar uma Fan Page no Facebook é uma das primeiras atitudes tomadas pelas marcas. No entanto, não adianta postar sua descrição institucional idêntica ao seu web site, sentar e esperar que os fãs batam a sua porta. Também não se restringe em utilizar recursos como “Crtl C + Crtl V” com matérias já publicadas e entupir sua rede com conteúdo desatualizado. O planejamento é o primeiro passo.
Profissionais especializados utilizando as plataformas de comunicação da maneira correta fazem com que as empresas consigam um posicionamento adequado diante do consumidor atual. Se trabalho de planejamento inclui etapas como definição do nível de conectividade da marca, qual o objetivo de entrar nas redes? Informar, engajar, entreter? Alguns levantamentos, como informações mercadológicas e tecnológicas, também são bastante relevantes de serem definidos. Análises como comportamento do consumidor, presença digital atual da marca e identificação do DNA digital da empresa também são etapas essenciais em um planejamento para redes sociais. Além disso, recomendações e definições estratégicas como métricas de sucesso, ROI e KPis não podem ser esquecidas.
A entrada de uma marca nas redes sociais não é uma campanha publicitária e sim uma campanha de relacionamento e deve, por isso, ser tratada como tal. O lançamento pode ser realizado etapa por etapa, em mídias diferentes, não necessariamente de modo simultâneo. Também é importante não gerar conteúdos idênticos para as mídias envolvidas. Lembre-se que a dinâmica na internet é enorme, ninguém quer ler a mesma coisa, diante da infinidade de informações disponíveis.
As linhas editoriais são pontos a considerar, principalmente quando sabemos que conteúdo de qualidade atrai mais seguidores, fãs e futuros clientes. Outro detalhe é humanizar as conversas na rede. A formalidade pode ser deixada dentro dos escritórios. Bom dia e boa noite são muito bem vindos às redes sociais. Responder de modo ágil também soma pontos, assim como monitorar e falar individualmente com cada um, colabora com o seeding de cada estratégia.
Além dos textos, as plataformas de imagens e vídeos são essenciais para não deixar o perfil da marca monótono. Algumas pesquisas revelam, por exemplo, que as pessoas passam cerca de 16 minutos por dia no Flickr (site de imagens) contra 8 minutos no Facebook. Já no Twitter são 20 minutos contra 10 no LinkedIn. (fonte: Google AdPlanner)
Fazer bom uso das redes sociais não é tão fácil quanto possa parecer. Exige ainda elaboração, criatividade, envolvimento e investimento. Quando mal realizada, esta prática pode ser interpretada como Spam e aí toda a estratégia irá por água abaixo. Mesmo assim, a entrada de uma marca nas redes sociais é hoje um dos principais meios de comunicação entre a empresa e seus clientes. Muitos consumidores preferem utilizar as diversas plataformas disponíveis através das redes sociais para sanar dúvidas, faze elogios ou reclamações ao invés de utilizar o telefone ou um endereço de e-mail. Não fazer parte deste meio ou utilizá-lo de maneira incorreta é perder mercado, credibilidade e consequentemente valor de marca.

Pesquisa aponta perfil do empreendedor digital


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Nossa dica dessa semana é a reportagem Negócios Digitais da Revista Meu Próprio Negócio, edição especial – Lucre com E-commerce. A matéria aborda uma pesquisa encomendada pela RBS que aponta que os negócios em ascensão no mundo digital são os relacionados a conteúdo, social media, web mobile e e-commerce; e revela o perfil de quem empreende nessas áreas. No universo dos negócios digitais são os homens que lideram o ranking de quem mais investe na área. Eles são jovens, têm conhecimento e intimidade com o mundo digital e estão cientes de que inovar é exigência constante desse mercado.
 
Mas, qual é o perfil e áreas procuradas por esses empreendedores digitais, segundo a pesquisa?
  • Homens na faixa dos 20 e 30 anos e com MBA;
  • Vive no eixo sudeste-sul, com maior concentração em São Paulo e Rio Grande do Sul ;
  • A maioria decidiu empreender como forma de fazer o que gosta, mas mantém vínculos empregatícios com outras empresas;
  • Os dados indicam ainda que 75% dos empreendedores são homens de qualquer idade e 86% das iniciativas pertencem a membros das classes A e B;
  • Entre as mulheres, os empreendimentos digitais ocorrem mais na classe C;
  • As áreas mais procuradas para atuar são: mídias sociais, negócios de conteúdo e web mobile.
Outra característica desse segmento é que o ciclo de desenvolvimento dos negócios é bastante curto, saindo do papel para o mercado rapidamente. Atualmente, esses empreendedores não venderiam seus projetos. Porém, no futuro, essa pode ser a solução para adquirir dinheiro e experiência e, assim, poderem investir em novas ideias. Esses empreendedores lidam essencialmente com ideias inéditas, formatam a empresa, trabalham com ela durante um tempo, até estar financeiramente viável para vender. A maioria dos entrevistados não venderia suas empresas hoje, mas não descarta a possibilidade futuramente. Isso para poder financiar a próxima startup, como mais uma ideia inovadora e assim por adiante.
Se interessou pelo tema? Na reportagem você encontrará informações mais detalhadas sobre o perfil do empreendedor digital.