segunda-feira, 4 de junho de 2012

Erros de Marketing mais frequentes nas Start-Up’s

Erros de marketing que as startups cometemCarlos Blanco destacou recentemente no seu blog um post sobre as “Chaves para empreender com êxito na Internet”, identificando o marketing como um dos fatores de êxito no sucesso de uma Start-up. Blanco diz ainda que o marketing não é uma atividade que se aplica com facilidade, muito pelo contrário, ele defende que um Marketeer tem que ser a pessoa mais criativa do mundo para concretizar ações glorificadoras. Carlos Blanco tomou a iniciativa de partilhar 10 erros do marketing que considera comuns.
Apostar unicamente no Marketing Viral
Gustavo García de Buyvip em Yuzzday também concordou com esta afirmação, justificando com o fato de que pensou que no início iria ser viral tornou-se um orçamento de vários milhões de reais. Não é suficiente lançar um vídeo e fazer o upload no Youtube para fazer um viral. Não se deve apostar unicamente por esta via porque também depende muito do fator “sorte” para que algo se torne viral. O uso de virais é bastante recomendável, mas não é a única ferramenta do marketing digital.
Não investir em suficientemente em Marketing
“Parar a publicidade para salvar os custos é como para um relógio para salvar o tempo” não se tem desculpa para não investir no marketing porque se fizer um bom investimento este irá ajudar a aumentar as vendas. Recorde-se que este não tem haver unicamente com um orçamento mas como se utiliza o tempo e os recursos disponíveis para otimizar a uma empresa.
Valorizar demais o seu produto
Não se deve prometer mais do que realmente se é capaz de fazer para atrair um cliente e fechar uma venda. Se não se cumprir com as expectativas, no pior dos casos, fecham-se outras portas porque poderá espalhar-se a notícia de uma má experiência com essa empresa.
Incapacidade de proteger e verificar os conflitos da marca
São as tarefas básicas que nos esquecemos quando iniciamos. Se uma empresa tem um nome parecido com o de outra empresa com marca registrada, rapidamente se corre o risco de se ser processado e ter que alterar a identidade corporativa. Não proteger a marca e economizar o custo de um advogado pode sair muito caro.
Confundir o e-mail marketing com spam
Parece que muitos não aprendem. A maioria das empresas cometem spam quando enviam um email não referindo uma pessoa. Muitos não são conscientes que para um email ser qualificado como spam não depende somente da quantidade. Em outros casos é muito mais óbvio quando se recebe emails comerciais onde o resto dos destinatários está em BCC. Este tipo de envios não são email marketing mas puro spam.
Não ter um blog da empresa
Pode-se realizar marketing indireto mesmo sem ter lançado um produto ou serviço. Com um blog pode-se posicionar como referente no setor em questão e demonstrar que entende-se bem da profissão. Se criarmos um blog podemos chegar mais diretamente a um público de interesse.


Não registrar o domínio .com.br e .com
É simples, se uma start-up é brasileira necessita do domínio “.com.br”, mas é aconselhável também registrar o domínio “.com”. Não ter pelo menos dois domínios pode ser uma razão a favor ou contra o nome favorito de uma empresa. O registro de domínios é um ponto delicado de uma presença na Internet e muitas empresas cometem erros nesse quesito.
Não medir o ROI das ações de marketing
Outro ponto que também menciona Javier de Logocomunica no Twitter é não conhecer o ROI das nossas ações. Se soubermos o que fornecemos, as afetividades, podemos focar naquelas que realmente contribuem valor. Este ponto é um dos mais difíceis de cumprir porque nem sempre encontramos uma maneira direta de medir. De todas as formas não deve ser uma desculpa para não tentar. A ferramenta básica para isso é o Google Analytics que em função de sua versatilidade nos oferece as ferramentas ideais para a mensuração de campanhas de marketing digital.
Não participar em eventos networking
Fazer networking faz arte das afetividades de marketing de uma strat-up. Em eventos como La Red Innova podes tanto retomar contactos existentes como conhecer novas pessoas que ajudam a levar a tua empresa a um próximo nível. Ao princípio custa porque se conhece poucas pessoas mas aqui não se trata de vender um produto, serviço ou empresa. Simplesmente a intenção é comunicar e saber como se está relacionado e o que podemos contribuir para fazer negócio.
Apostar unicamente nas redes sociais e esquecer os fóruns
É bom estar presente nas redes sociais como o Facebook e o Twitter. Mas tenham em mente que os usuários expertos e os “early adopters” não são ou não comunicam através destes canais. Em muitos casos os fóruns são melhores que os canais de mídias sociais pelo que se deverá conhecer todos os do sector em que nos inserimos. É importante estar presente para responder a dúvidas, receber feedback e reagir às críticas dentro de um prazo mínimo de tempo.
E você? Quais são os erros que considera sérios em uma Start Up?

terça-feira, 29 de maio de 2012

Marcas confundem promoção com relacionamento nas redes sociais


Postado por Bruno Mello - 29/05/2012

Aumenta a cada dia o número de marcas promovendo concurso cultural como tentativa de aumentar número de fans, seguidores e acesso para vender mais
Cresce a cada dia o número de empresas promovendo ações de Marketing nas redes sociais. Elas reconheceram a importância de manter contato com seus clientes e potenciais consumidores no ambiente digital, mas ainda não perceberam o principal: não há como se relacionar com as pessoas se não meio da conversa. Muitas levam para os canais sociais o velho hábito da mídia tradicional e de massa: fazer promoção e deixar as pessoas falando sozinhas.

O Facebook tem sido o ambiente preferido das marcas. São inúmeros os casos de concursos culturais realizados por empresas, a cada instante, na maior rede social do mundo. É a febre do momento. Por dia, chegamos a receber pelo menos 10 sugestões de pauta relacionadas a empresas promovendo ações promocionais em suas fan pages. Muitas delas têm como objetivo apenas aumentar o número de seguidores, afinal, este é o principal foco quando pedem para curtir sua página. Poucas têm como meta aumentar o relacionamento com seus consumidores online.

Relacionar-se com os clientes e potencias clientes pelas redes sociais passa por oferecer conteúdo de qualidade, relevante, pertinente e útil que preste serviço ou promova entretenimento, além de responder às perguntas e participar das conversas. Mesmo assim, aumenta o número de empresas cujo foco no ambiente digital se resume em fazer ofertas e liquidações. As principais plataformas criadas por grandes varejistas, por exemplo, tem como foco principal a venda direta.

Mudança de paradigma
Na rede social, no entanto, a venda não pode ser direta. Tem que ser criado um relacionamento, uma conversa para aproximar a marca de seu target. Mais do que nunca, as pessoas não querem se relacionar com marcas sem propósito e sem assunto. Ninguém fala sozinho ou de um tema que não tenha interesse. As empresas precisam ter um propósito em comum com seus clientes, e promover conteúdo sobre ele. Será que o profissional de Marketing ainda não percebeu que seus potenciais consumidores não suportam mais tanta mensagem publicitária?

Essa discussão chega a ser ultrapassada. Mas, é incrível como os erros se repetem a cada instante. A grande maioria das marcas que está nas redes sociais parece estar preocupada apenas com o número de seguidores, de fans e de acesso. Ter um número X, Y ou Z, não é, nem de longe, medida de sucesso. Falar em engajamento também soa como uma métrica para mascarar a falta de um resultado claro e eficiente que, no final das contas, se converta em vendas.

Relacionamento eficaz nas redes sociais ajuda nas vendas, mas não pode ser confundido com concurso cultural. Ter uma pseudo-sacada criativa e fazer as pessoas seguirem ou curtirem uma página deveria ser a ponta de um iceberg de uma estratégia de conteúdo que seja, mais uma vez, relevante, pertinente e útil para o seu consumidor. Nas redes sociais as marcas não devem vender, mas, ajudar as pessoas a comprarem.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Infográfico: a influência das cores no processo de compra


Você já parou para pensar qual é o grau de influência que uma cor apresenta no em nosso dia a dia, e o quanto ela pode nos persuadir para comprarmos produtos e serviços?

Para os varejistas, gerar vendas é a arte da persuasão. Apesar de existirem muitos fatores que influenciam em como e o que os consumidores compram, as cores têm uma representatividade forte nessa tomada de decisão.
Sintetizando esse assunto de uma forma mais ampla, apresento o infográfico da Kiss Metrics , que nos destaca algumas informações importantes, dentre elas:
  • 93% dos consumidores decidem a compra pelo visual;
  • 85% dos consumidores decidem a compra pela cor;
  • as cores aumentam o reconhecimento de uma maca em 80%.

As cores também possuem a habilidade de atrair tipos específicos de consumidores e mudar o comportamento de compra. Por exemplo:
Laranja, preto e azul- são utilizadas para atrair consumidores impulsivos, e normalmente utilizadas em: fast food, lojas de outleet e liquidações.
Azul marinho e verde piscina- são utilizadas para atrair consumidores com orçamento, e normalmente utilizadas por: bancos e lojas de departamento.
Pink, azul bebê e rosa- são utilizadas para atrair consumidores tradicionais, e normalmente utilizadas por lojas de roupas.
O infográfico apresenta outras informações de grande relevância quando analisamos sites que realizam vendas pela internet:
  • 52% não retornam a um site que apresenta problema de estética;
  • 64% dos compradores on line não compraram por problemas de lentidão do site;
  • 60% se sentem mais confortáveis e propensos a comprar um produto que está associado a palavra “garantido”.
Qual será a cor que te persuadiu a comprar algo hoje? Reflita e analise!

domingo, 27 de maio de 2012

Como estruturar o novo Marketing Infantil

 

Livro mostra como funciona o interesse das crianças pelos produtos que são voltados para elas e ensina pais a protegerem os filhos dos apelos da propaganda na sociedade atual

Por Leticia Muniz, do Mundo do Marketing | 25/05/2012

leticia.muniz@mundodomarketing.com.br

livro,criança,marketing 3.0Em contrapartida ao modelo ideal da atualidade, que caminha cada vez mais em busca do relacionamento com o consumidor e na construção dos valores da marca, as ações e estratégias de Marketing voltadas para o público infantil ainda estão focadas em um modelo do passado, que dispara diversos estímulos na tentativa de incentivar o consumo.
Proteger as crianças da carga de informações a que são expostas é uma preocupação recorrente entre pais e virou assunto tratado no livro “A Criança e o Marketing”, lançado pela Summus Editorial e escrito pela psicóloga Ana Maria Dias da Silva e pela especialista em comunicação Luciene Ricciotti Vasconcelos.
Em entrevista ao Mundo do Marketing, Luciene Vasconcelos traça um paralelo entre a necessidade das empresas venderem seus produtos e o desafio dos pais, que precisam formar adultos conscientes. Segundo a autora, a criança é muito suscetível aos apelos de Marketing e não consegue encontrar a diferença entre o brinquedo à venda na loja e a realidade apresentada pelas propagandas.
Luciene Ricciotti Vasconcelos é formada em Administração com ênfase em Marketing pela Faap e pós-graduada em Comunicação e Marketing pela ESPM. É consultora, Sócia-Diretora da W3 Comunicação e autora dos livros Mark-Óbvio e Planejamento de Comunicação Integrada. Leia a entrevista na íntegra.
Mundo do Marketing: Como está a criança hoje em dia comparada a 10 ou 20 anos atrás?
Luciene Vasconcelos: De maneira geral, a diferença está no volume de informações que a criança recebe hoje em dia, com conhecimentos muito intensos e que não podem ser acompanhados calmamente. A infância teve uma grande mudança também com relação à ausência dos pais em casa, que acaba gerando uma culpa. Muitas vezes eles tentam suprir isso com a compra de produtos. A característica da infância de hoje é o menor contato da criança com os pais e a carga de informações que ela recebe.
Mundo do Marketing: Qual é a consequência dessa carga de informações?
Luciene Vasconcelos: A criança não tem critérios para avaliar o que é bom e o que é ruim. Ela precisa de um adulto ao lado para ajudá-la nisso. Ela acaba absorvendo o conteúdo que recebe como verdade. É preciso avaliar as coisas e a criança não tem esse perfil.
Mundo do Marketing: Como a senhora vê a relação da criança de hoje com a propaganda?
Luciene Vasconcelos: Muitas vezes a criança olha uma propaganda e fala “eu quero”. É importante que os adultos saibam o que ela quer, porque, como a criança não abstrai, quer aquele conjunto de coisas. Por isso é comum ouvir os pais dizendo que deram para os filhos um brinquedo que foi pedido e ele ficou largado em algum canto. A criança recebe a informação no momento de formação dela, e, como não abstrai, acaba querendo aquilo tudo o que foi visto, ou seja, ela quer mais a mãe brincando no tapete do que o brinquedo que talvez ela nem tenha visto. Muitas vezes a criança não quer apenas o produto, mas a integração.
Mundo do Marketing: Como as empresas estão fazendo o Marketing voltado para a criança hoje?
Luciene Vasconcelos: As empresas continuam fazendo um Marketing voltado para o desenvolvimento de produtos. É o pensamento da transação um para um. De uma maneira geral, o Marketing evoluiu para uma estratégia de relacionamento, buscando conhecer melhor quem é aquele consumidor e o que ele quer. Hoje já há grandes empresas fazendo o Marketing 3.0, que é aquele voltado para valores. É muito fácil para uma pessoa entrar na Internet e destruir uma marca. Temos vários cases sobre isso, que mostram como a demanda hoje tem voz. Então, as empresas têm que evoluir para um Marketing que, primeiro de tudo, cumpra promessas e, segundo, se preocupe com outras questões com as quais o consumidor está preocupado. Estrategicamente, o Marketing infantil ainda atua no modelo 1.0 e vemos algumas pessoas de baixa renda endividadas por comprar presentes caríssimos. Esperamos que o livro contribua para essa evolução.
Mundo do Marketing: Quais são os apelos mais comuns do Marketing Infantil?
Luciene Vasconcelos: Acredito que essa seja uma questão de evolução e respeito. Já existe no mercado um grupo de pais bastante significativo que está querendo um relacionamento com as empresas. A empresa que vende para o público infantil e se dirige aos pais ganha bastante. Na verdade, está faltando um pouco dessa questão do respeito.
Mundo do Marketing: A restrição do conteúdo de propaganda é benéfica para as crianças?
Luciene Vasconcelos: Algumas vezes a regulamentação não funciona de fato. O Marketing busca trabalhar a venda dos produtos para o sucesso da empresa e isso é extremamente sadio para a economia, porque gera empregos. O errado não é consumir, mas não usar. O que seria bom hoje para o Marketing Infantil seria o equilíbrio entre oferta e demanda. É preciso que os pais preparem as crianças para o mundo de hoje. O que vemos são muitos pais que não foram preparados para viver no mundo de apelos publicitários que temos hoje. O mercado está altamente competitivo, com produtos extremamente semelhantes
Mundo do Marketing: O foco não é restringir, mas tornar adultos melhores?
Luciene Vasconcelos: A partir do momento que consigamos criar consumidores realmente aptos a escolherem produtos com critérios, essa regulamentação vai ser natural. Quando vejo produtos para adultos anunciados em canais infantis, naturalmente não compro, porque sei que a propaganda não está falando comigo. Estão usando de um canal infantil para que a criança influencie a minha compra. A partir do momento que as pesquisas indicarem que as mães preferem que os produtos sejam anunciados em veículos para elas, naturalmente isso vai sair da criança.
Mundo do Marketing: A criança tem um influenciador de compra muito grande, não é?
Luciene Vasconcelos: Isso. Enquanto tivermos pesquisas apontando que 80% dos produtos consumidos em uma casa são influenciados por crianças, teremos um aumento muito grande da propaganda voltada para a criança. Vemos hoje o Marketing buscando entender as pessoas e atendê-las. O que acreditamos é que, mudando o consumidor, naturalmente, as empresas terão que mudar e isso se tornará muito mais saudável para a criança.
livro,criança,marketing 3.0Mundo do Marketing: A partir de quantos anos a criança consegue desenvolver uma consciência sustentável, por exemplo?
Luciene Vasconcelos: Isso acontece a partir dos sete anos. É uma criança que já recebeu uma carga de informações muito boa na escola e já está mais preparada. Ela precisa estar mais consciente de que o produto na loja não é igual àquele que está lá na propaganda. Não que isso seja mentira, mas mostra o produto, claro, de uma forma muito mais legal. É a demanda que tem o poder de controlar a oferta. Nós temos que entender isso. A consciência do consumidor é muito importante, tanto que vemos estudos que mostram que, quanto mais elevada culturalmente é uma sociedade, mais resistente ela é aos apelos da propaganda em si.
Mundo do Marketing: O livro deixa para as empresas a missão de que elas precisam evoluir para o Marketing 3.0, correto?Luciene Vasconcelos: Isso. Hoje vemos produtos que não possuem nada de saudável, de sustentável, usando de um apelo ambiental para colocar para a criança que aquilo é legal, porque dá a entender que aquele é um produto voltado para a natureza. Isso tem deixado pais revoltados. Esse é o tipo de coisa que está pegando mal para algumas marcas.
Mundo do Marketing: Os produtos licenciados realmente têm um apelo maior com as crianças?Luciene Vasconcelos: Sim. Isso é algo que todas as pesquisas indicam. No livro ensinamos a criança a avaliar se vale a pena ou não comprar o produto licenciado. A criança, realmente, tem uma capacidade muito maior de adquirir os produtos licenciados.
Mundo do Marketing: Ter produtos licenciados é uma boa estratégia?
Luciene Vasconcelos: Não se nega que a criança tem uma identificação muito maior com personagens e acaba optando por consumir mais esses produtos. Ele precisa ter uma sustentação e, a partir do momento em que há educação para a compra com critério dentro de casa, isso pode ser contornado já que, muitas vezes, o produto licenciado custa o dobro do outro.
Mundo do Marketing: Como a senhora vê o licenciamento de produtos na área de alimentos?
Luciene Vasconcelos: Na minha opinião, não deveria haver licenciamento para produtos que não fazem bem à saúde da criança, já que possuem um apelo tão forte e vivemos em uma sociedade com problemas como a obesidade infantil. Não deveríamos ter um cenário de incentivo a esses produtos não saudáveis. Deveria existir um critério até dos próprios licenciadores. O livro não busca problematizar essas questões, mas mostrar como as empresas podem trabalhar os seus produtos de uma forma melhor, que não agrida tanto a infância e, mesmo assim, trabalhando o seu objetivo de Marketing. Uma economia forte se faz com adultos saudáveis e conscientes do poder de compra que têm.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

10 dicas para não perder tempo com as redes sociais

Colunista Christian Barbosa analisa os perigo de vivermos desconectados da vida real

 
A partir do dia 19 de julho, todos os celulares da área 11 passarão a ter nove dígitos. O motivo da mudança é o aumento da capacidade de números, que passará dos atuais 37 milhões para 90 milhões. Todo mundo sabe que ter e manter um celular está cada vez mais acessível hoje em dia e isso acaba se revelando nessa avalanche de aparelhos e linhas existentes.
A questão é que as pessoas estão perdendo o controle na forma de utilizar os aparelhos, especialmente os smartphones – com acesso a internet e redes sociais. Quem tem um, sabe da necessidade inconsciente e viciante de após sair uns 10 minutos para almoçar, clicar no botão Enviar/Receber para checar seus e-mails. Eu já me peguei fazendo isso diversas vezes, muitas pessoas já me falaram que fazem isso. Por que, se acabamos de ver os e-mails? É o vício que a tecnologia gera.
Em meu novo livro "Equilíbrio e resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?", aponto como é chocante constatar quão conectadas estão as pessoas hoje em dia a seus smartphones, tablets, suas redes sociais, e-mail e toda essa tecnologia com a qual nos habituamos a viver. Vivemos conectados, mas será que estamos de fato conectados com o que verdadeiramente importa?
Pense no seu ambiente de trabalho, nas pessoas mais estressadas que se empenham durante longas jornadas. A maioria delas abdicou da vida pessoal, não consegue tempo para se dedicar a um esporte, nem a si mesma. Algumas até ganham dinheiro, mas não têm tempo para usá-lo em benefício próprio, vivem dependentes do e-mail, do smartphone, estão literalmente tão "conectadas" com essa vida de escravo que se desconectaram da vida real!
produtividade
Imagem: Thinkstock

Em reuniões de famílias e amigos é fácil identificarmos uma ou duas pessoas completamente ausentes das conversas, mergulhadas em seu mundo particular de e-mails e mensagens. Até mesmo casais pouco se falam em seus encontros.
Utilizando como simbologia o filme Matrix, que tem tudo a ver com gestão de tempo, percebemos que muitas pessoas estão presas na Matriz da Vida, vivendo como se fossem robôs comandados por qualquer coisa além de sua própria vontade, que foi substituída pelo estresse e pela falta de sentido
E se você ainda não tem um smartphone, fique tranquilo, que isso é temporário. Os pesquisadores acreditam que até 2015 todos os celulares terão algum tipo de conexão com e-mail/internet.
Não podemos negar que o uso de smartphones, notebooks, netbooks etc. ajudou a aumentar a produtividade. Porém, podem nos fazer trabalhar muito mais, sem a metodologia certa! Método é mais importante que ferramenta. Nunca se esqueça disso!
Aproveitando, elenco abaixo 10 dicas para você não perder tempo com outro grande vilão nesse âmbito: as redes sociais.
1 – Seja seletivo nas suas redes – Quantidade de redes não é qualidade. Para que participar de redes sociais que não sejam relevantes? O ideal é focar nas principais redes onde seus amigos e interesses estão localizados. Eu por exemplo, uso apenas 4 redes (Facebook, LinkedIn, Twitter e Orkut -> nessa ordem de importância).
2 – Cancele e-mails de notificações – Todas as redes permitem configurar o aviso de recebimento de e-mails, o melhor é cancelar todos, assim você comanda a rede e acessa quando quiser, caso contrário vai ser difícil controlar a vontade de saber porque você foi "taggeado" na foto da sua amiga.
3 – Determine um foco nas redes – Quem tenta agradar a gregos e troianos ao mesmo tempo se complica com um dos lados. Crie uma estratégia para cada rede que você tiver, por exemplo, se você for utilizar o twitter para fins profissionais, não misture com coisas pessoais. Muitas empresas utilizam as redes sociais na hora de contratar um profissional e vai pegar muito mal se houver fotos suas bêbado depois da balada. Mantenha coerência no perfil que você definir, com fotos, textos e comentários! Muita gente tem se queimado sem perceber por falta de estratégia!
4 – Determine horários – Eu não sou contra ver seu Facebook durante o horário de expediente, sou contra o abuso desse uso. Utilize seus horários antes ou após o expediente e seu horário de almoço para caso queira acessar as redes no trabalho para fins pessoais. Eu costumo ver e responder minhas redes no final do dia, em casa.
5 – Siga poucas pessoas, mas relevantes – Para que seguir gente que não tem nada a ver ou que o conteúdo se tornou irrelevante? Faça uma dieta de pessoas que você segue, repare nos próximos dias quem não tem agregado valor e simplesmente deixe de seguir esta pessoa.
6 – Utilize agregadores – Existem sites e softwares que permitem centralizar suas redes sociais ou atualizar a partir de um único post. Eu tenho utilizado o Tweetdeck que me permite atualizar meu Facebook, Twitter e Linkedin de uma só vez. Um site que vale a pena dar uma olhada é o http://www.threadsy.com/ que junta e-mails e suas redes em um só lugar.
7 – Seja relevante nas suas redes – As pessoas gostam de seguir pessoas que fornecem um conteúdo relevante, na medida certa e com periodicidade. Aquele chato que "twitta" muito de uma vez só, acaba perdendo seguidores. E o que "twitta" posts dizendo que acordou de mau humor também não agrega.
8 – Aproveite seu tempo de espera – Eu gosto muito de atualizar minhas redes quanto estou no aeroporto ou esperando para começar um evento. Aproveitar esse tempinho é muito válido desde que seu celular ou tablet estejam habilitados para tal. Existem centenas de softwares para esses dispositivos que mandam muito bem!
9 – Rede social não requer "real time answer" – Não sinta-se obrigado a responder uma mensagem na mesma hora que a pessoa te enviou. Se fosse urgente de verdade, ela encontraria outra forma de falar com você. Se você cria esse péssimo hábito de responder assim que chega, além de acostumar mal as pessoas, vai perder muito tempo desnecessariamente!
10 – Existe vida lá fora – Não é porque a vida social se tornou digital que você vai se esconder atrás de um computador em seus relacionamentos. É preciso reservar um tempo para estar junto com os amigos e família presencialmente!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Como se comportam 80 milhões de brasileiros na internet

Estudo do IAB Brasil traça os hábitos e as preferências dos consumidores na web, que passam cada vez mais tempo conectados e mostram-se receptivos ao Marketing Digital

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 21/05/2012

sylvia@mundodomarketing.com.br

internet,80 milhões,pesquisa,iabOs brasileiros estão passando cada vez mais tempo online, mostram-se receptivos ao Marketing Digital e mais confiantes na internet. É o que indica o estudo “Como 80 milhões de brasileiros acessam a internet no Brasil”, desenvolvido pelo Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil), em parceria com a comScore, para compreender a audiência online no país e os hábitos dos consumidores no ambiente digital.

De acordo com o levantamento, 36% dos entrevistados passam ao menos duas horas por dia navegando na internet para fins pessoais. A web também é a atividade preferida por todas as faixas etárias, de renda, gênero e região: se tivessem 15 minutos livres, 62% dos respondentes optariam por dedicar a atividades online.

“O usuário brasileiro está cada vez mais conectado e por mais tempo, seja acessando pelo computador, tablet ou celular. O tempo de consumo só tende a crescer, com pessoas acessando a internet em vários dispositivos, inclusive o televisor”, explica Ari Meneghini, Diretor Executivo do IAB Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Maior participação dos dispositivos móveis
De 6 a 14 de fevereiro, a pesquisa entrevistou 2.075 pessoas usuárias de internet, entre 15 e 55 anos, sendo 51% homens e 49% mulheres. A presença da web é tanta, que, em casa, o uso já supera o de jornal pela manhã (69% contra 14%, respectivamente) e o de TV à noite (78% acessam a web no período contra 46% que assistem à televisão).

Para 80%, a internet é considerada a mídia mais importante. A TV foi citada por 50% dos pesquisados e o jornal por apenas 37%. Mesmo quando estão assistindo à televisão, 61% costumam estar navegando online. A frequência de acessos à rede também é maior. Enquanto 79% afirmam conectar na internet várias vezes por dia, 56% assistem à TV mais de uma vez no mesmo período.

A mudança de comportamento está ligada ao crescimento da participação de dispositivos móveis. Desktops ainda são a principal forma para acessar a web, com 77%. Os laptops, no entanto, já somam 59% dos acessos e os smartphones, 40%. Tablets em geral e iPads também vêm ganhando representatividade, com 16% e 15%, respectivamente.

Não é à toa que a internet é a mídia mais utilizada em lugares e situações como trabalho (60%), na casa de amigos ou familiares (52%,) escola (44%), restaurantes e cafés (44%), em reuniões com amigos (43%) e no shopping/fazendo compras (34%).

internet,80 milhões,pesquisa,iabE-commerce em expansão
A penetração da web e a mobilidade colaboram para o fortalecimento e a expansão do e-commerce. Além de 65% afirmarem que pesquisam na internet produtos que gostariam de comprar online, 60% já consideram o ambiente digital o mais conveniente para fazer compras.

“Algumas mudanças saltaram aos olhos. A primeira delas é a confiança na internet, que aumentou muito, devido ao número de pessoas que passaram a fazer compras online (32 milhões no total, segundo dados da e-bit)”, conta o Diretor Executivo do IAB Brasil.

A expansão do e-commerce também está ligada à aceitação cada vez maior de ações de Marketing Digital por parte dos consumidores. De acordo com a pesquisa, os anúncios na internet são os que menos incomodam (36%), são os mais criativos (49%) e os mais verossímeis (37%).

Na opinião de 57% dos entrevistados, as ações de Marketing online têm motivado a comprar produtos (57%) ou visitar lojas anunciadas (56%). Já 60% dizem ser incentivados a buscar mais informações sobre os produtos oferecidos. “Acreditamos que em 2015 50% das pessoas que acessam a internet no Brasil estarão comprando online. No ano passado foram 32 milhões, então, se em 2015 a internet brasileira deve estar com mais de 100 milhões de usuários, é provável que 50 milhões estejam comprando online”, ressalta Meneghini.

Sua empresa está realmente preparada para investir em e-commerce?

Todo negócio envolve dificuldades e o maior risco é não conhecê-las, deixando-se levar pelas condições favoráveis do momento. Se você tem convicção de que quer investir no e-commerce e não tem ilusões sobre os obstáculos e desafios a serem enfrentados no caminho, é preciso se preparar com um planejamento

 
 
O tema para este artigo surgiu de uma matéria recente que vi na imprensa sobre a "moleza" de se ter uma loja na internet. Com eloquência, a autora destacava as inúmeras vantagens do comércio eletrônico, como as diversas soluções de lojas prontas e várias opções de layouts e cores, tudo a um custo muito baixo ou até mesmo de graça. "Basta contratar o serviço, colocar os produtos à venda e começar a ganhar dinheiro", comentava a ingênua repórter. "E tem mais: com acesso à internet, você pode administrar sua loja em qualquer lugar, inclusive sentado em uma rede na praia!".
Fiquei imaginando quantos empresários e empreendedores desavisados podem ter se inspirado na matéria, preparando-se para investir em um e-commerce e sonhando com o dia em que controlarão seus negócios à sombra de um coqueiro.
A história me lembrou outro modismo empresarial ocorrido há alguns anos aqui em São Paulo. Também fortemente influenciadas por reportagens fantasiosas na imprensa, as pessoas largaram o emprego e foram realizar o sonho bucólico de se transformar em seu próprio patrão vivendo em um lugar paradisíaco. Muitos ganharam dinheiro com a onda (sobretudo construtoras, imobiliárias e o espertalhão que encheu a cidade de cartazes do seu curso "como montar e gerir uma pousada"), menos quem investiu no negócio em si.


e-commerce
(imagem: Thinkstock)

Hoje a bola da vez é o e-commerce, mas o contexto é semelhante. Há números impressionantes (como por exemplo a pesquisa da WorldPay mostrando que o internauta brasileiro gasta 27% da renda disponível na internet) e a todo momento a mídia promove empresários que ficaram ricos da noite para o dia com suas lojas virtuais, criando a ilusão de que "se ele está ganhando dinheiro no e-commerce eu também posso ganhar".

A realidade, porém, não é tão simples assim. Uma pesquisa com resultados menos glamourosos (e por isso menos divulgados) da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara e-Net) revela que três de cada dez lojas virtuais encerram suas atividades antes de completar dois anos de existência. A média é 25% maior que o índice de mortalidade das lojas físicas.
Um exemplo do significado desses números foi o fenômeno recente das compras coletivas. O crescimento fulminante no final de 2010 levou um grande número de empreendedores a criar seus próprios site do gênero. Sem planejamento ou estratégia, a grande maioria queria apenas aproveitar a onda.
Quando o modelo deixou de ser novidade e o mercado começou a se estabilizar, as empresas menos preparadas não resistiram. Tanto que, depois de dois anos, metade dos 1,6 mil sites de compras coletivas no país já estava inativa.
Todo negócio envolve dificuldades e o maior risco é não conhecê-las, deixando-se levar pelas condições favoráveis do momento. Se você tem convicção de que quer investir no e-commerce e não tem ilusões sobre os obstáculos e desafios a serem enfrentados no caminho, é preciso se preparar com um planejamento minucioso.
Comece estudando o mercado de atuação, não só o físico mas principalmente o de internet. Este é um dos "macetes" que empresários e empreendedores não levam em consideração. Fazem um mapeamento detalhado do segmento e do perfil do consumidor somente fora da internet esquecendo-se do essencial, que é saber como se comportam dentro da internet. Como o cliente em potencial usa a web para pesquisar os produtos que você vende? Quais sites costuma pesquisar? Como encontra a sua loja? O que o influencia na escolha?
E-commerce
Imagem: Thinkstock

Encontrar as respostas para estas questões será essencial para definir o próximo passo: o posicionamento da loja. Identificou que o cliente em potencial valoriza o atendimento? Então seu diferencial pode ser criar formas de tratamento diferenciado para os consumidores. Ele quer ter opções de escolha? Então o diferencial é diversidade e sortimento. Procura por produtos específicos? A solução é fazer uma loja especializada.
Se de um lado existem os fatores que diferenciam a loja, outros são obrigatórios para mantê-la viva no jogo. Não por acaso são denominados fatores-chave de sucesso (FCS). Os FCS variam de acordo com cada segmento, mas os essenciais são:
Plataforma da loja: Existem diversas opções, plataformas gratuitas, pagas, padronizadas, personalizadas e projetos específicos que variam de acordo com as necessidades e as condições de investimento de cada empresa. As características essenciais a serem avaliadas na escolha são a possibilidade de personalização do layout, destaque na apresentação dos produtos, segurança, facilidade de compra, diversidade de formas de pagamento, gerenciador com controle de estoques e possibilidade de integração com sistemas de gestão (ERP).
Logística: Um simples atraso na entrega de uma encomenda pode comprometer todo o trabalho e dedicação da sua loja. Por isso a escolha e monitoramento dos fornecedores dispensa comentários. Além da abrangência, é necessário acompanhar constantemente prazo, integridade e custo das entregas, assim como oferecer uma política de trocas.
Preço: a não ser que trabalhe em um nicho com produtos muito específicos ou exclusivos, o preço dos produtos tem grande influência na compra. A estratégia deve ser a de manter os valores sempre competitivos em relação à concorrência.
Identificados os FCS, é necessário também avaliar a formas de promover a loja, outro ponto bastante negligenciado. É um erro deixar a propaganda e publicidade em último lugar, depois que a loja está no ar. Ao contrário, elas devem fazer parte da concepção do projeto pois afinal não adianta ter uma loja bem montada, com produtos diferenciados e preços competitivos se o seu público-alvo sequer sabe que você existe.
Das diversas ações promocionais possíveis em marketing digital, três são fundamentais e de certa forma obrigatórias para qualquer e-commerce: otimização do site, publicidade em sites de busca (links patrocinados e redes de conteúdo) e e-mail marketing. Quem afirma não sou eu, mas as pesquisas realizadas para avaliar a sua eficácia no setor.
- O Google é a fonte preferida de 90% dos consumidores para pesquisar produtos na internet (pesquisa Raio-X do e-Commerce).
- 50% do faturamento do e-commerce tem origem nas buscas orgânicas do Google (pesquisa Raio-X do e-Commerce).
- 89% dos varejistas dos EUA considera o e-mail marketing a principal ferramenta de marketing tático (Dinamize).
A publicidade no Google aumenta as possibilidades do seu consumidor encontrar a loja na internet. Seu posicionamento e diferenciais vão incentivá-los a navegar pelo site e os fatores-chave de sucesso aumentam o potencial de conversão. Já as ações de e-mail marketing com ofertas e promoções mantém o relacionamento com os clientes e os incentivam voltar à loja. Quanto mais planejadas e conectadas estiverem estas ações, maiores são as possibilidades de avaliar os resultados e fazer as inevitáveis correções de rota, aumentando o potencial de acertos e reduzindo os riscos