quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Medindo a presença das marcas nas redes sociais

By daniela on 11 de outubro de 2011


A audiência e o engajamento conquistados pelas marcas em seus perfis nas redes sociais já estão sendo medidos por um estudo específico, o IndexSocial. Como anuncia matéria publicada no blog do portal Época Negócios, o índice foi criado pela Agência Espalhe, especializada no chamado marketing viral ou de guerrilha, que visa utilizar o poder de comunização das redes.



A lógica seguida para medir a relação das marcas com seus consumidores nas redes sociais é a mesma da Bolsa de Valores no levantamento das ações mais negociadas. A medição da audiência utiliza um robô que acompanha diariamente a presença das empresas no Facebook, Twitter e Youtube. Durante o mês de setembro, por exemplo, foram monitoradas cerca de 300 marcas, levando-se em conta as que detêm 80% de audiência nas três plataformas a cada dia, conforme destaca o Época Negócios. A liderança de audiência no mês ficou com a Claro, que repetiu a posição alcançada em agosto.



No quesito engajamento – que engloba a quantidade de “curtir”conquistada no Facebook e as menções e retuítes no Twitter – o topo do ranking ficou com a Brahma Futebol Rio, que concentra os quatro perfis da empresa associados aos grandes times cariocas (Vasco, Fluminense, Flamengo e Botafogo).



O estudo também indica crescimento da utilização das redes sociais para a construção de relacionamento entre marcas e consumidores no Brasil. Conforme indica o Blog da Época Negócios, em abril, 177 marcas brasileiras se conectavam a 7,9 milhões de internautas. Em setembro, já são mais de 300 marcas conectadas a 22 milhões de usuários do Facebook, Twitter e Youtube.



Com informações de Época Negócios

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Lojas montadas em containers faturam R$ 12 milhões por ano

Criada no Brasil, rede de franquias Container Ecology Store reúne sustentabilidade, mobilidade e design moderno

Por Fernanda Salem, do Mundo do Marketing | 11/10/2011
fernanda@mundodomarketing.com.br

Transformar lixo em pontos de venda de sucesso, com base na sustentabilidade, apresentando ainda design moderno e mobilidade. Esta é a proposta da empresa Container Ecology Store, que, seguindo tendências mundiais, utiliza containers abandonados e transforma-os em lojas de roupas multimarcas. O negócio criado há dois anos já tem 40 franquias em todo país, além de contratos assinados para mais de 100 lojas só no ano que vem. A loja reúne produtos de 500 marcas, entre elas Coca-Cola Clothing, Triton, Abercrombie & Fitch, Pólo Ralph Lauren, Lacoste, Hollister e Aéropostale.

A ideia surgiu de uma necessidade. “Eu queria abrir uma rede de lojas no sul do país, mas os alugueis de terreno e em shoppings eram muito caros. Então pensei em adaptar um projeto que vi em Cingapura, de lojas em caixas de metal”, diz André Krai (foto), fundador da rede de franquias Container Ecology Store, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Cada container custa cerca de R$ 10 mil, mas o valor mais alto vai para a reforma, que não sai por menos de R$ 20 mil. O maior investimento, portanto, é na estruturação, no suporte e na decoração. “Custa caro transformar lixo em algo útil”, conta Krai.

Mas dá resultado. O faturamento anual da empresa foi de R$ 12 milhões este ano e as perspectivas são de triplicar este valor com a ampliação da rede planejada para os próximos anos. Cada franquia paga à Container royalties de cerca de R$ 1,5 mil por mês. “O maior obstáculo para o empreendimento é encontrar terrenos livres em bons locais, principalmente na zona sul do Rio de Janeiro e em São Paulo”, diz Krai.

Chave na Mão
O modelo de negócios da Container Ecology Store, chamado Sistema Franquia Chave na Mão, provém diversos serviços para o franqueado. “A empresa busca o terreno que será o ponto comercial, instala a loja em uma semana com tudo pronto para o cliente e faz a gestão do negócio dele. O franqueado está comprando um pacote”, explica Krai.

Outra facilidade é a lista de 500 marcas, nacionais e internacionais, que já vêm como opção com a loja, disponíveis para o franqueado vender, como a Coca-Cola Clothing, a Fórum e a Abercrombie & Fitch. Todas voltadas para a moda jovem, que se relacionam com o target da empresa.

“O modelo exige um operador moderno devido ao tipo de loja, que é diferente. Podemos treinar qualquer um para o perfil, mas o franqueado precisa ter, acima de tudo, garra e tino para inovação”, diz Krai, explicando que para adquirir uma loja da Container o valor mínimo a ser investido é de R$ 100 mil.

Conquistando clientes
Uma das franquias de maior sucesso, segundo Krai, é a da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O empreendimento tem dois containers e vende sete marcas: Abercrombie & Fitch, Hollister, Adidas Originals, Calvin Klein, Lança Perfume, Coca-Cola Clothing e Labellamafia, algumas delas conquistadas pelos próprios franqueados.

“O maior benefício que tirei com essa franquia é um aluguel muito mais barato do que em shoppings, então dá para vender os produtos a um preço mais acessível, além de poder remover o container para outro ponto, se achar necessário”, diz Luiz Otavio de Azevedo, dono da loja na Barra da Tijuca (foto), em entrevista ao Mundo do Marketing.

 A unidade foi inaugurada em setembro de 2010 e o faturamento mensal é de cerca de R$ 45 mil. “O valor ainda não pagou o investimento inicial. Estamos fazendo clientes neste primeiro ano. Acredito que a partir do ano que vem já ultrapassaremos o investimento inicial”, diz. “A previsão para 2012 é faturar de R$ 60 mil a R$ 70 mil por mês com a loja”.              

Solução ambiental
Um dos grandes trunfos do negócio é seu apelo ambiental e ecológico, tendência mundial que a rede aproveita na divulgação da empresa desde o nome até o texto no site, dizendo ser a única franquia totalmente sustentável do mundo e chamando os clientes a participar do movimento para salvar o planeta.

Efetivamente, a utilização de materiais reciclados como containers com mais de 20 anos de uso já é uma ação que contribui para o meio ambiente. Além disso, as lojas contam com itens como araras feitas de corrimão de ônibus e decks de casca de arroz na decoração. A rede também não usa nenhum produto que polua o meio ambiente e 50% do ponto de venda é reciclado.

 Modelos internacionais
A inovação já existe internacionalmente, com algumas lojas feitas em containers de navios. Nos Estados Unidos, a incubadora de design 3rd Ward criou em agosto deste ano uma loja utilizando o objeto, que foi chamado de Shopbox (foto).

Os produtos, como mochilas e objetos de decoração, ficam expostos no container e os consumidores podem escolher o produto desejado, sem a ajuda de um vendedor, e se cadastrar utilizando um iPad disponível no local. O cliente então envia uma mensagem de texto e a mercadoria é entregue em seu endereço.

No Canadá, a Nescafé fez recentemente uma ação de loja pop-up em um container para divulgar a linha Dolce Gusto. A instalação fez uma turnê pelos locais mais movimentados de Toronto e Montreal como uma cafeteria itinerante.

 Lojas viajam pelo mundo
A agência de design LOT-EK tem um histórico em trabalhar com projetos criados a partir de container abandonados, de instalações de arte a lojas. Há dois anos, a empresa criou um ponto de venda para a Uniqlo em Nova York, nos Estados Unidos, pequeno e eficiente.

Seu case de maior sucesso, no entanto, foi para a Puma, chamado de Puma City. O espaço de 24 containers criado em 2008 tem escritórios, área para a imprensa, um bar, local para eventos e ainda uma grande varanda aberta no teto. A loja é móvel, passando por algumas cidades dos Estados Unidos, e já foi até a Espanha e África do Sul, vendendo os produtos da marca durante a Copa do Mundo de 2010.

7 dicas para quem quer se tornar um bom empreendedor

Um bom empreendedor precisa ter iniciativa para criar um novo modelo de negócio, já que o empreendedorismo é uma característica do administrador que tem com objetivo o sucesso


Por Redação Administradores, www.administradores.com.br


Cada vez mais pessoas estão concretizando o sonho do próprio negócio. Em 2010, foram constituídas 1.370.464 empresas, o que revela um crescimento de 101% em relação a 2009, segundo dados do Departamento Nacional de Registros do Comércio (DNRC) da Secretaria de Comércio e Serviços (SCS) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)




No entanto, apesar desse crescimento no número de negócios próprios, nem todas as pessoas sabem o que é preciso para se tornarem boas empreendedoras e, assim, se manterem no mercado. Não adianta, por exemplo, a vontade de trabalhar sem que se saiba usar a criatividade, ou disciplina na execução de tarefas sem um bom diálogo com os funcionários.



Para o empresário Rogimar Rios, "um bom empreendedor precisa ter iniciativa para criar um novo modelo de negócio, já que o empreendedorismo é uma característica do administrador que tem com objetivo o sucesso".



Além disso, o empresário dá outras dicas para quem quer se tornar um bom empreendedor. Confira:



1. Saiba lidar com personalidades desafiadoras. Ouça-as com o coração e com os olhos, não somente com os ouvidos.



2. Tenha determinação e disciplina. Anote idéias e faça seu planejamento com dia, hora e local em que tudo deverá acontecer.



3. Seja inteligente, saiba usar o seu pensamento a seu favor. Seus pensamentos determinam a sua freqüência e seus sentimentos lhe dizem imediatamente em que freqüência você está. Quando se sente mal, você está na freqüência que atrai coisas ruins, prejudicando o alcance de suas metas.



4. Tenha meta e siga um método. Quando uma pessoa tem os dois, ela rompe barreiras.



5. Tenha fé, mas não deixe de agir para modificar a realidade. Vá do pensamento à ação.



6. Empreendedor deve encontrar, avaliar e desenvolver a oportunidade de criar algo novo.



7. Tire proveito do fracasso. Saiba usar a experiência sem sucesso em aprendizado.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Marcas não olham para os consumidores acima de 60 anos

Público que movimenta R$ 7,5 bilhões por mês no país ainda é deixado de lado pelas empresas

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 07/10/2011
sylvia@mundodomarketing.com.br

No último sábado, dia 1º de outubro, foi comemorado o Dia do Idoso. Se, ao pensar nisso, vem a sua cabeça uma senhora tricotando ou um avô jogando dominó é hora de rever conceitos. Mais preocupados com a saúde e o bem estar, com um orçamento menos comprometido e com tempo para aproveitar a vida, os seniores mostram-se consumidores em potencial.



Não é à toa que empresas como Natura, BRFoods, Bradesco, Pão de Açúcar, Avon, Coca-Cola e O Boticário investem cada vez mais em pesquisas para ampliar o conhecimento sobre este target. No Brasil, há 19 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o equivalente a 10% do total, segundo informações do IBGE. Juntos, estes consumidores são responsáveis por uma renda mensal que soma R$ 7,5 bilhões.
Grande parcela desta população, no entanto, está insatisfeita. De acordo com um levantamento realizado pela Brasil Data Senior, que entrevistou 1.500 pessoas com mais de 60 anos entre 2009 e 2010, dois terços relataram que os produtos e serviços existentes não satisfazem suas necessidades.
Expectativa de vida cresce
Desde 1980, o brasileiro viu a expectativa de vida crescer 10,7 anos e, até 2050, tudo indica que a população estará vivendo, em média, 81 anos. Sem falar que os indivíduos com mais de 60 anos devem chegar a 64 milhões ainda na metade do século. Por isso, é bom que as marcas não percam tempo, redirecionem o olhar para este público e repensem a maneira de agir.
“A população madura tem novos hábitos e atitudes, completamente diferentes do que se fala da terceira idade. São pessoas mais ativas, otimistas em relação ao futuro, funsionais e, principalmente, independentes. Uma pessoa com 70 anos há três, quatro décadas, se preparava para os seus últimos dias. Hoje, ela faz planos para o futuro. O mercado está diante de grandes oportunidades a serem satisfeitas para esse público”, diz Arthur O'Leary Jr, Diretor Geral da Brasil Data Senior, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Os setores mais explorados, como o financeiro, de saúde e turismo continuam em alta neste segmento de mercado.  Há, entretanto, categorias que despertam cada vez mais a atenção destes consumidores, mas ainda não atendem suas necessidades. É o caso do mercado de entretenimento, por exemplo, pensado fundalmentalmente para os jovens.
 Potencial do “Ninho Vazio”
As oportunidades aumentam ainda mais entre aqueles classificados como “Ninho Vazio”, ou seja, casais maduros que vivem sozinhos, e “Solitários”, que compreendem viúvos e descasados. Juntos, estes estágios familiares representam 40% dos consumidores seniores e apresentam renda per capta acima da média, sendo potenciais consumidores de super e hipermercados, feiras, açougues e padarias, medicamentos, cosméticos, telefonia celular, TV por assinatura, lazer fora de casa, planos de saúde e crediários.
O ticket médio em super e hipermercados do “Ninho Vazio” é de R$ 403,00, enquanto os “Solitários” gastam R$ 231,00. Já o grupo “Multifamiliar”, de domicílios compostos por mais de um núcleo familiar, consome, em média, R$ 413,00 e o “Ninho Cheio” (casas com filhos solteiros morando juntos), R$ 410,00.
Os números comprovam o maior gasto dos casais que vivem sós ou dos viúvos e separados. A renda familiar também é uma surpresa. Entre os seniores da classe A, o valor chega a R$ 9,3 mil mensais e os gastos com supermercados ficam em R$ 878,00.
Serviços e diálogo
Apesar da renda movimentada por quem já passou dos 60 anos, praticamente nenhuma empresa brasileira olha com atenção para este público. Há casos isolados, claro, como a Maturi, marca de cosméticos que nasceu para atender os seniores. Mas, de forma geral, ainda não se observam manifestações nesta direção.
“Não chegamos aos erros ainda. As empresas estão se dedicando pouco. Existe uma ausência de iniciativas para pensar em produtos para este público. Não se pode culpar muito as marcas, porque é um fenômeno recente no Brasil. Houve um aumento abrupto da população e isso vai acelarar nos próximos anos. É um momento para planejar e pensar na oportunidade”, acredita o executivo da Brasil Data Senior.
Na busca pela conquista deste consumidor, os serviços saem na frente, já que tratam muito mais diretamente com o ser humano e conseguem suprir os desejos do target. É o caso de academias de ginástica com departamentos que trabalham com as necessidades deste público, assim como as agências de turismo que pensam em roteiros específicos.
Outro ponto importante é o diálogo com o senior. Cabe às marcas tomar o cuidado para não passar a imagem inadequada destes consumidores. Não adianta tratá-los de maneira “especial”. “Pessoas com mais de 60 anos não querem se sentir velhas. Querem viver mais, ter espírito jovem. Não adianta lançar um produto para velho. É preciso tomar cuidado no posicionamento de Marketing. O produto ou o serviço deve atender a necessidade da pessoa vendendo um posicionamento com que ela se identifique”, ressalta O'Leary.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Quatro em cada 10 brasileiros são usuários de redes sociais, diz pesquisa

Estudo da GfK aponta que 53% dos internautas presentes nestas plataformas são membros das classes AB.


Por Cláudio Martins, do Mundo do Marketing | 28/09/2011

Um total de quatro em um grupo de 10 brasileiros são usuários de redes sociais, segundo uma pesquisa realizada pela GfK. O estudo indica que 43% da população do país está presente em plataformas como Orkut, Facebook, Twitter ou Youtube. Outra informação relevante apontada pelo levantamento é que a maioria dos usuários destes sites de relacionamento são pertencentes às classe AB (53%), enquanto CD representam 33% do total.
A interação com as marcas nestas plataformas também foi um ponto verificado pela GfK,que entrevistou 1.000 pessoas nas regiões metropolitanas de Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Goiânia, Brasília e Manaus. Segundo a pesquisa, 27% dos internautas utilizam as redes sociais para pesquisar informações sobre alguma marca e 17% costumam fazer recomendações. Já realização de críticas ou elogios relacionados a alguma empresa é citada por 4% dos entrevistados.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Empreendimento digital – Dicas para seu negócio online decolar

Algumas dicas para seu empreendimento digital decolar

Dicas para o empreendedor digitalAo longo dos meus sete anos trabalhando com internet, vi muitos empreendimentos digitais nascerem e pouco tempo depois morrerem, mas também vi alguns dando certo. Eu mesmo já prestei consultoria e portanto participei de alguns startups que não saíram do chão. Essa bagagem me levou a escrever uma lista com uma série de considerações as quais acredito serem essenciais para que um empreendimento digital (seja ele um portal, um e-commerce ou até mesmo um blog) seja um empreendimento de sucesso.
Seguem as considerações, fique a vontade para contribuir com a lista:

Planejamento é vital

Montar um bom plano de negócios é básico para qualquer empreendimento seja ele virtual ou não. As pesquisas demonstram que 45% dos e-commerces fecham por falta de planejamento e informação sobre o ambiente.
Felizmente, hoje não é preciso ser administrador ou ter um MBA para fazer um bom plano de negócios: O SEBRAE disponibiliza gratuitamente diversos materiais na internet que podem ajudar nesse sentido. Para colher informações do cenário, também não precisa contratar um instituto de pesquisa, afinal, a grande maioria de seus competidores estão na internet. Além disso, existem também algumas ótimas opções de cursos sobre e-commerce em que você pode ter uma noção exata sobre o segmento e suas ferramentas.

Entenda a tecnologia do seu empreendimento digital

Entender como funciona a tecnologia e a estrutura básica por trás do seu negócio não é lei, mas ajuda, e muito. Conhecer as funcionalidades e as limitações de desenvolvimento pode acabar com o ruído de comunicação entre o empreendedor e o desenvolvedor. O que eu vou falar agora pode ser contraditório e muitos administradores vão descer a lenha em mim, mas selar sociedade junto a um programador pode ser uma ótima ideia!
Não são poucos os cases onde entendedores de tecnologia se deram muito bem no empreendedorismo digital. É só olhar para o Facebook nos EUA e para o Buscapé no Brasil, ambos são frutos de um trabalho conjunto entre investidores e programadores.

Seja pioneiro, tenha uma ideia diferente

Não lance só mais um endereço na internet. A internet já está cheia de Guias Telefônicos On-Line, Sites de Compras Coletivas e Sites Para Compra de Veículos. Se você realmente quer lançar um empreendimento para competir com esses modelos, faça bem feito: invista em tecnologia e divulgação. Porém prepare-se, pois se seu negócio é local você viverá com o estigma de ser o segundo ou o terceiro de sua cidade, e se seu negócio pretende abranger o país ou o mundo, acostume-se com a idéia de ser só mais um brigando pela maior fatia do bolo.

Pense grande, ou melhor, longe.

Se a internet reduziu todas as distâncias e modificou totalmente as dinâmicas do tempo-espaço, por que empreender só na sua cidade, se o Acre é logo ali? Se não for possível atuar em mais de um local logo de início, ao menos tenha um planejamento para logo em seguida iniciar um processo de expansão. Você acha que o Groupon seria o sucesso que é hoje se tivesse se ficado só em Pittsburgh?

Tire seu empreendimento do papel.

Planejar é importante, mas mais importante é ver o seu negócio se concretizar. Já vi vários negócios nem iniciarem por puro preciosismo do empreendedor, que quer lançar um projeto perfeito e é influenciado por cada sugestão de terceiros que lhe é dada. Veja bem, não estou dizendo que não é importante fazer up-dates à estrutura do seu empreendimento, mas para essas situações existem as versões Beta, e o Orkut é Beta até hoje. É fundamental que você consiga tirar a sua idéia do papel.
Para finalizar, gostaria de deixar claro que estas são apenas considerações que tenho de acordo com a minha experiência profissional e não são leis do empreendedorismo digital. Dito isto, espero profundamente que elas ajudem futuros empreendimentos digitais a decolar!
Fonte: Midiatismo

Plano de negócios é chave para sobrevivência de empresas

Antes das eleições presidenciais de 2002, o jornalista e advogado Henry Ajl abriu uma empresa de turismo de aventura. Pouco tempo depois, teve de fechá-la: a cotação do dólar disparou, as viagens internacionais ficaram mais caras e os clientes sumiram.
A experiência de Ajl é similar à de muitos empresários. Apesar de terem uma boa ideia de empreendimento, não investem em um plano de negócios. Considerada uma das ferramentas mais importantes para o planejamento, o documento descreve os objetivos da empresa e analisa o que é necessário para alcançá-los.
Segundo relatório do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 45% dos donos de empreendimentos abertos entre 2003 e 2007 no Estado de São Paulo não levantaram dados sobre o número de clientes que teria e seus hábitos de consumo; 30% ignoraram o número de concorrentes e 28% não buscaram informações sobre fornecedores.
Foi “um erro”, admite Ajl, sobre a falta do plano de negócios. Mas, complementa, “a gente é tão consumido no dia a dia que não sobra tempo”.
Em 2003, o empresário mudou de área e abriu uma produtora de vídeo. Apesar de dizer que “seria interessante ter um plano de negócios”, Ajl afirma que a maioria das decisões que ele e o sócio, Markus Bruno, tomam é acertada. Exemplo disso foi a de investir, há seis anos, em gravação em alta definição – padrão que se popularizou no país. “A gente não tem uma coisa formalizada, mas, de tempos em tempos, sentamos e decidimos o que vamos fazer.”
Segundo Dariane Castanheira, professora da Fundação Instituto de Administração (FIA), entidade ligada à USP, o plano de negócios é essencial “para que o empresário não invista dinheiro e esforços em vão”.
Para isso, é necessário abranger três pontos cruciais: o ambiente (contexto em que a empresa se insere, desde concorrência até macroeconomia), o produto ou serviço que é oferecido (características e diferencial) e um plano financeiro (capacidade de investimento, fluxo de caixa e previsão de lucro). “Muitas vezes, o empresário acha que tem tudo na cabeça.”
Além do ganho com o planejamento em si, Castanheira explica que, com um plano de negócios, é mais fácil conseguir crédito em instituições como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).


Para elaborar o plano de negócios, vale investir em informações na internet – como a cartilha do Sebrae — ou em livros. Ou fazer como o empresário Minoru Ueda, que matriculou-se em um curso de gestão de empresas.
Formado em história, mas com especializações na área de administração, ele já havia trabalhado em um banco e na área de recursos humanos quando decidiu que abriria uma franquia de uma loja de bijuterias com sua esposa. A partir de então, os dois procuraram capacitação em empreendedorismo e fizeram um plano de negócios com uma projeção de 10 anos.
Em 2004, a primeira loja foi aberta no Itaim Bibi e, no fim do ano passado, seguindo o plano, a segunda franquia foi inaugurada. Ele diz que as maiores dificuldades foram fazer as previsões de macroeconomia e de política do país e pensar em cada detalhe, cada possibilidade que poderia influenciar sua loja.
“Sempre vai haver uma ou outra coisa inesperada, mas, quando há planejamento, o impacto no negócio é menor, porque todo o resto está planejado”, diz ele. Ueda fala com propriedade. Quando tinha apenas a primeira loja, a rua passou por reforma para se transformar em shopping a céu aberto. Durante cerca de um ano, o movimento caiu; mesmo assim, a empresa sobreviveu.
A flexibilidade, aliás, é outra característica importante do plano. Ele deve ser um guia para o empresário, nunca um gesso. “É importante que o plano de negócios seja repensado sempre, é assim que as grandes empresas fazem”, adverte Castanheira.