quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mídias sociais impactam jornalismo

Lia Segre - Observatório do Direito à Comunicação

A tecnologia das redes sociais não mudará o jeito de se fazer uma matéria. O jornalista ainda precisará entrevistar fontes, apurar a notícia. Mas por quais mudanças passa e passará o jornalismo em uma conjuntura onde 45% dos internautas substituem portal de notícias por redes sociais, em um tipo de troca de informação diferente? “O importante hoje é escutar, e praticar um jornalismo com mais humildade”, disse Juliana Sawaia, gerente de Inteligência de Mercado do Ibope durante o MediaOn, 4º Seminário Internacional de Jornalismo Online.



É muito difícil dizer algo inovador nas redes sociais, afirmou o argentino Julián Gallo. “É preciso entender a enormidade de responder a essa pergunta: que podem fazer as redes sociais por nós?”. Para ele, que é diretor de criação do Capsula 2210 e do site 2.0 do Governo da cidade de Buenos Aires, as redes sociais podem fazer muito pelo jornalismo, como uma enorme audiência, além de notícias, ideias e experimentos.

A TV pública britânica BBC tem se dedicado especialmente às redes sociais por meio de Matthew Eltringham, editor de jornalismo, que reconhece como assustadora a ideia corrente que surge com as redes sociais, de perder o controle físico da produção de conteúdo, mas isso não vai acabar com o papel clássico do jornalismo, a apuração e investigação.

“O inovador das redes sociais para o jornalismo é as pessoas se expressarem e comentarem um assunto específico” comentou o editor e um dos experts em mídias sociais da BBC News, que considera o Twitter a mídia social mais importante para os jornalistas hoje. “Uma cobertura massiva de algum acontecimento, é a história acontecendo em tempo real”. Além do usuário noticiar fatos e contar histórias que podem ser usadas por jornalistas, os próprios trabalhadores da informação conseguem compartilhar o que produzem e pautarem colegas.

O diretor de redes sociais da BBC acha que os principais usos do Twitter para o jornalismo é a procura pelo melhor material de cobertura, de pessoas envolvidas no fato, no maior “breaking news” do mundo. O potencial de compartilhador é poderoso pois permite um amplo acesso ao que é postado. Matthew compartilhou a informação de que, enquanto gastam 1 minuto em sites de notícias, internautas ficam 10 minutos no Twitter, por dia.

A estratégia que as mídias tradicionais estão adotando é tentar se apropriar da mídia e compreendê-la. Mas o revolucionário para a área é que, ao invés de apenas dizer, os jornalistas precisam escutar, acompanhar o que está acontecendo, e serem mais transparentes, “levantar a cortina” da imprensa, defendeu o jornalista inglês.

Os participantes do MediaOn em geral, e especificamente os citados acima, acreditam que ainda há espaço para a mídia tradicional pela confiança. Para não perderem audiência, elas tem que estar onde estão os leitores, o que inclui as redes sociais. “Redes farão o jornalismo nos devolver algo mais honesto, mais transparente, pois sempre tem alguém na audiência, que sabe mais da historia que você”, recomendou Julián que acha que os profissionais mais humildes são os mais criativos os que fazem mais. “A prática de ouvir o leitor, de ouvir a audiência e trazer as histórias. As redes sociais forçam o retorno ao velho e bom jornalismo, onde o mais importante era a fonte e não o repórter”.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Planejando vendas de fim de ano no E-Commerce

Comece a planejar agora suas vendas de final de ano




O inicio do pagamento da primeira parcela do 13º salário a 23 milhões de beneficiários (totalizando R$ 9 bilhões) é a largada para as compras de final de ano, que devem bater novos recordes. A começar pelo e-commerce, que fechou o primeiro semestre de 2010 com crescimento 40% superior ao do ano passado e que deve chegar a R$ 14 bilhões, segundo as previsões do e-Bit.



Portanto, este é o momento para planejar as ações promocionais do seu site e ficar um passo à frente da concorrência. Para isso, elaboramos um check-list dos principais pontos a serem trabalhados. São eles:



Dê um “banho de loja” no site: Este é um bom momento para atualizar o conteúdo do site, revendo textos, substituindo imagens antigas, acrescentando novas seções sobre produtos, modernizando o layout e facilitando as consultas dos clientes. A loja virtual é como a sua loja: física quanto mais atraente ela for, mais visitas terá.



Crie promoções: Para se destacar é preciso criar promoções diferenciadas para os seus clientes na internet. Ofereça algum tipo de benefício: ofertas especiais, preços diferenciados para compras antecipadas, sorteio de brindes, etc. Reserve um espaço especial e de destaque no seu site para elas.



Faça propaganda: Não basta ter um bom site e promoções diferenciadas, é preciso que os seus clientes saibam que elas existem. Para divulgá-las, você pode usar os próprios recursos da internet, como campanhas de links patrocinados em sites de busca como Google, Yahoo! e Bing, banners em portais de conteúdo ou e-mail marketing. O marketing digital é essencial nessa hora.



Atenção especial para as redes sociais: Atuar nas redes e mídias sociais como Orkut, Twitter, Facebook, YouTube e Flickr é uma ótima forma de promoção, mas cuidado! Não esqueça que elas são redes de relacionamento e não apenas veículos de propaganda. Isso significa que você também pode receber reclamações e queixas sobre a loja. Além de divulgar, profissionais responsáveis também precisam atuar com atendimento ao cliente.



O importante é pagar: Oferecer todas as formas possíveis de pagamento (cartões de crédito de todas as bandeiras, boleto, débito automático, etc.) também é um diferencial e compensa amplamente os custos envolvidos. A nova lei que entrou em vigor recentemente acabando com o duopólio das operadoras de cartões de crédito trouxe mais vantagens para o e-commerce, que podem negociar melhores condições de pagamento para você e seu cliente.



Atenção com a logística: Tão importante quanto vender é entregar de forma ágil e com menores custos. Da mesma forma que os pagamentos, procure oferecer opções de remessa, em que o custo é calculado de acordo com prazo de entrega, possibilidade de rastreamento e segurança. Os Correios oferecem ainda o e-Sedex, com desconto de até 50% no preço da remessa para empresas de comércio eletrônico que possuam site próprio e determinado volume de encomendas. Vale a pena se informar.



Monitore a audiência e o tráfego: Uma das grandes vantagens do comércio eletrônico é a possibilidade de mensurar em detalhes a audiência e o tráfego nos sites. Faça uso de ferramentas como o Google Analytics para descobrir o número de visitas, origem dos internautas, tempo de visitação, páginas mais visitadas, horário e dia da semana com maior número de visitas. Estes relatórios constituem um verdadeiro mapa de oportunidades, permitindo que você acompanhe e avalie os resultados das suas ações.

Fonte: Blog Magoweb

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Marketing: twitter como canal de Atendimento ao Consumidor 3.0

Até pouco tempo, para reclamar, elogiar, tirar dúvidas sobre alguma marca ou serviço era utilizado o 0800, e ainda as cartas.


Por Vitor Elman, http://www.administradores.com.br/

Muito se tem falado sobre a relação do Twitter e as empresas. Mas, esse canal de informação e comunicação, que se tornou poderoso em tão pouco tempo de existência, tem um papel muito maior na relação das corporações com o consumidor. Até pouco tempo, para reclamar, elogiar, tirar dúvidas sobre alguma marca ou serviço era utilizado o 0800, e ainda as cartas.

O Twitter veio modificar esta relação. Atualmente o Twitter é a rede social que mais cresce no Brasil, com aumento de 86%. O microblogging é conectado por 23% dos internautas brasileiros, o que representa o maior grau de penetração do mundo, segundo dados da ComScore. Pela facilidade e liberdade que o canal oferece, hoje em dia é muito comum o consumidor desabafar suas frustrações ou fazer elogios por meio da web. Pela praticidade e visibilidade, este canal tem sido alvo de opiniões.

As empresas que se preocupam com a imagem, precisam, antes de tudo, estar a par do que andam falando de seus produtos pela rede. Hoje, uma informação negativa pode trazer sérias consequências e é perfeitamente possível não reverter um quadro negativo se as críticas avançarem de forma descontrolada.

O que eu proponho aqui é uma reflexão de como as empresas podem reverter esse quadro e utilizar o Twitter como um canal de relacionamento. Então, afirmo que as empresas devem investir! Por quê?

Se a rede social virou um poderoso canal de relacionamento com o consumidor, ela oferece vantagens únicas em relação ao telefone e e-mail. A ferramenta permite maior agilidade nas respostas; baixo custo operacional; gerenciamento de clima e grande potencial de gerar buzz positivo sobre a marca, uma vez que o bom atendimento via Twitter tende a ser repercutido em outros canais.
Como fazer isso? Práticas simples podem ser a chave para o bom relacionamento com o consumidor 3.0. Para começar, deve-se estar atento ao que circula sobre a empresa. Uma busca de informações nas redes sociais pode ser o início. Se uma marca identificar algo negativo, a resposta é essencial e tem que ser imediata. Dê atenção ao consumidor e, se tiver razão, assuma, mas sempre, 'conserte' de alguma forma.

Duas palavras são fundamentais para uma boa imagem: transparência e comunicação. As armas de uma boa empresa.

* Vitor Elman é diretor de criação da agencia Cappuccino Digital

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sites de descontos são estratégia de marketing para pequenas

Os clubes de compras coletivas têm se mostrado um bom canal de divulgação para as pequenas e médias empresas.

Priscila Zuini, de EXAME.com  

Compras coletivas: uma forma barata e rápida de fazer a marca aparecer


São Paulo - Recentes no Brasil, os clubes de desconto já conquistaram muitos adeptos e estão se tornando uma nova modalidade de e-commerce e marketing para as pequenas empresas. “A grande oportunidade de negócio para o pequeno é de marketing a um preço bem pequeno”, diz Gerson Rolim, coordenador da área de micro e pequenas empresas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

Segundo ele, os sites têm gerado muita demanda das empresas offline que não têm uma operação online. “É uma oportunidade de marketing para as pequenas empresas e também uma forma de degustar o comércio eletrônico mesmo sem ter uma loja online”, diz Rolim.

Com mais de 80 sites do tipo em funcionamento, o modelo é visto pelos especialistas como uma forma rápida e barata de marketing. “Esse é o modelo mais poderoso para as pequenas e médias empresas gerarem tráfego com um investimento pequeno”, opina Marcelo Macedo, presidente do ClickOn. Segundo ele, o site faz um trabalho de consultoria que não garante a venda, mas consegue calcular o limite de vouchers que podem ser vendidos.

“Essa é a primeira vez que de uma forma efetiva as PMEs tendem a fazer parte do e-commerce sem risco. Ela só paga se o cliente comprar. Além disso, consegue divulgação para milhões de clientes, que estão aptos à compra, com retorno garantido”, conta Daniel Funis, gerente de marketing do Groupon.

Quem já usou

Quem anuncia nesses sites não costuma reclamar. É o caso da Giuliana Flores, que fez duas ações no ClickOn com uma de suas marcas, a Cestas Michelli. “Como é uma coisa muito nova ainda, a gente ficou receoso de fazer com a marca principal, que é a Giuliana Flores. Mas vimos que funciona e já estamos negociando uma oferta com o Peixe Urbano. Fiquei com dúvida se o nosso mercado iria reagir e foi uma surpresa a reação dos clientes”, conta Juliano Souza, gerente de marketing da empresa. Segundo ele, foram vendidas 316 cestas nas duas ofertas, com um desconto de até 65% no preço original de R$ 139,80.

A empresa O Melhor da Vida, que comercializa vales-presente, também gostou do resultado da campanha nos sites. “Fizemos duas vezes no WeGO e vamos fazer mais uma no Peixe Urbano. É uma forma de mídia alternativa que segue a tendência da nova mídia. Você paga se as pessoas compram e é rápido”, explica Jorge Nahas, diretor da empresa. Foram vendidos 350 vouchers nas duas ações. “Isso traz novos clientes, novas oportunidades de trabalho. Em dois dias a audiência do site foi a de uma semana”, diz.

Cuidados e vantagens

Uma das principais vantagens do modelo é medir de alguma maneira quantas pessoas foram impactadas pela ação. “Do ponto de vista dos pequenos e médios é sensacional. Não tem que desembolsar nada, só um percentual pelo que é comprado e ele consegue ver quantos clientes atingiu”, diz Julio Vasconcelos, sócio-fundador do Peixe Urbano.

“Vale pela relação custo beneficio e pela possibilidade de mensuração, ou seja, é possível analisar não apenas quantos cliques tiveram, mas quem clicou na ação”, diz Walter Sabini Junior, CEO da Virid. Além disso, é uma boa chance de aproveitar datas e horários ociosos no estabelecimento. “Ajuda a trazer giro para a empresa. Diluindo o custo fixo para tornar o negócio mais atraente”, explica Alexandre Umberti, diretor de marketing da Ebit, consultoria especializada em comércio eletrônico.

Mesmo com as boas perspectivas, é preciso tomar alguns cuidados antes de apostar nesta ação. “Tem que ter uma estratégia de comunicação, precisa saber o que quer. Quem entrar pelo modismo vai se decepcionar”, explica Daniel Deivisson, um dos sócios do Oferta X.

Para o coordenador da área de micro e pequenas empresas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Gerson Rolim, o grande segredo está nas três regras do comércio eletrônico: planejamento, planejamento e planejamento. “Opere com uma margem que não atrapalhe o seu fluxo de caixa e trabalhe bem o investimento na campanha. Se você distribuir uma quantidade muito grande de vouchers e não conseguir atender todos os clientes de maneira eficiente, acaba tendo o efeito contrário. O principal objetivo, que é fidelizar o cliente, não é alcançado”, diz.



http://exame.abril.com.br/pme/noticias/sites-de-descontos-sao-estrategia-de-marketing-para-pequenas

Veja os 6 degraus para agregar valor à marca através da comunicação

A construção dos valores simbólicos da marca se dá através dos processos comunicativos dentro da empresa. Entenda como estruturar e estimular a Comunicação Integrada.


Não é novidade para nenhum empresário o fato de o valor de uma marca ser construído através da comunicação, seja midiática ou pelo primitivo – porém eficaz – boca a boca. No entanto, o consumidor moderno não está mais interessado apenas na marca em si; o perfil dele ficou mais crítico com o acesso instantâneo às informações; o meio ambiente e a sustentabilidade se tornaram assuntos cotidianos. Além disso, o aumento da concorrência e o surgimento de novos públicos interessados nos produtos ou serviços da empresa tornaram a Comunicação Integrada um assunto de 'vida ou morte' para qualquer empreendimento.


Mas, primeiramente, o que é Comunicação Integrada? Paulo Nassar, professor doutor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP) e diretor-geral da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) a define como "a síntese das ações comunicacionais da empresa, seja no âmbito administrativo, institucional ou mercadológico".

Para ele, a importância da Comunicação Integrada reside naquilo que a empresa ou a marca quer 'dizer' para os seus diferenciados públicos. "Uma comunicação empresarial bem estruturada elimina as contradições no discurso de uma empresa; esse pode ser um fator condicionante para construir ou destruir valores", afirma o professor. Dessa forma, a Comunicação Integrada passaria a ser não apenas uma 'regalia' das grandes marcas, mas uma necessidade até das pequenas empresas. Ele lembra que "grandes empresas já foram pequenas, e a comunicação foi um fator preponderante para o crescimento delas".

Nassar enumera os passos para se construir um plano estratégico de Comunicação Integrada em uma empresa. São eles:

1º degrau: percepção

A empresa deve criar um observatório, para monitorar as ações dos entes internos e externos, situando-a em relação aos seus concorrentes, delineando o comportamento dos executivos e verificar como os seus produtos estão sendo recebidos.

2º degrau: questões públicas

Consiste num mapeamento dos diversos públicos de uma empresa. Eles podem ser, além dos clientes, empregados, fornecedores, distribuidores, sindicatos, imprensa, comunidade, dentre outros, dependendo da atividade-fim da instituição. O dimensionamento que se quer dar à marca (local, regional ou global) está incluso nesta etapa.

3º degrau: a mensagem

Planejamento com inteligência. Aqui serão definidos os estilos e estruturação das mensagens a serem transmitidas aos públicos. O que a marca deve dizer ao consumidor/cliente? E aos colaboradores? O que o fornecedor deve conhecer a respeito da empresa? São questões que devem ser abordadas nesta etapa do processo.
4º degrau: o(s) meio(s)

Você sabe o que dizer, mas falta saber como dizer. Como a mensagem deve chegar até o público sem distorções e de maneira perfeitamente compreensível? As mídias utilizadas devem se encaixar no perfil de cada público, conforme o mapeamento realizado no 2º degrau.

5º degrau: questões financeiras

Essa é a parte onde todo o planejamento esbarra nas possibilidades. Nenhum empresário quer investir às cegas em um planejamento que ele encara com ceticismo; todo investimento deve ser bem detalhado financeiramente, e a comunicação não foge a essa regra. Um orçamento detalhado, pesando os valores do investimento e os benefícios esperados fará milagres; se for um bom plano de Comunicação Integrada, a balança vai pender para o lado dos benefícios.
6º degrau: avaliação
Com o plano de Comunicação Integrada posto em prática, chega a hora de avaliar. Os objetivos esperados foram atingidos? As mensagens chegaram até os públicos sem distorções? Como ela foi entendida? Todos os dados devem ser mensurados, demonstrando que valeu a pena cada centavo investido.


Paulo Nassar lembra que a comunicação é indispensável para a construção da marca e da cultura organizacional. "As maiores empresas têm na comunicação o componente mais importante dos relacionamentos; sempre digo que para se ter relacionamentos excelentes, é necessário haver uma comunicação excelente", pondera.



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Como as imobiliárias do Brasil estão investindo em marketing?

Matéria de: Patrícia Silveira.

Colaboração: Mariana Ferronato Virgínia Duailibe.


De Norte da a sul do país, o marketing é o assunto do momento nas imobiliárias. Mas não são em todas as regiões que as empresas do setor estão bem estruturadas quanto a isso.

Confira abaixo como estão os investimentos em marketing nas imobiliárias em diferentes estados brasileiros. Quem respondeu às perguntas foram os executivos das empresas associadas à ABMI (Associação Brasileira do Mercado Imobiliário).

1. Entrevistado: Ricardo Abreu, da Abreu Imóveis (Natal – RN)

Como a sua empresa está investindo em marketing imobiliário?

Além da empresa terceirizada, temos quatro pessoas focadas no marketing dentro da empresa, mais assessores de imprensa e promotores de eventos. Nós estamos muito voltados para marketing imobiliário. Não só para o lado externo, mas também pro endomarketing, que eu acho que é uma ferramenta que funciona muito bem.

O que mudou na sua empresa depois do fenômeno Twittão do Abreu?

A ferramenta do Twitter passou a ser usada no dia a dia pelos corretores e também pelos outros funcionários. Vários criaram seu próprio perfil. Dessa forma, passamos a ter mais uma ferramenta para interagir com o público, com os clientes, com os clientes internos também. E permitiu a empresa estar mais perto da comunidade. Com essa ferramenta, podemos melhorar a comunicação com a sociedade na qual a gente vive.

2. Entrevistado: Marcelo Brognoli, da Brognoli Imóveis (Florianópolis – SC)

Como as imobiliárias da sua região estão tratando o marketing?

O investimento histórico nessa área, das imobiliarias de uma maneira em geral, é o anúncio em jornal. Esse é o que mais se faz. Algumas já estão pensando mais no conceito de marketing propriamente dito. Agora, por exemplo, estão pensando também nas redes sociais, que começam a aparecer com muita força no mercado imobiliário.

E a sua empresa, como está lidando com isso?

Estamos entrando forte nas redes sociais e também no planejamento estruturado de marketing. Isso já há alguns anos. O marketing não é só anúncio. É pesquisa, conhecimento de mercado. E a propaganda, a publicidade vem depois. É mais abrangente o termo.

Em Santa Catarina, as imobiliárias já tem departamento especializado em marketing?

Não, com excessão da nossa empresa. A única que eu conheço que tem é a nossa. Algumas contam com o trabalho de agências de publicidade que fazem um pouco isso. Outras fazem simplesmente anúncio. A nossa tem um departamento de marketing com profissionais da área.

3. Entrevistado: Wilian Nakamura, diretor comercial da Bolsa de Soluções Imobiliárias (Fortaleza – CE)

Como as imobiliárias do Ceará estão lidando com o marketing?

Nas imobiliárias, o marketing praticamente não existe. Até agências são poucas. Temos só duas agências que trabalham mais focadas no mercado imobiliario. Então, a Bolsa de Soluções Imobiliárias, espeficiamente, está com uma força muito grande no trabalho de marketing. Com essa carência muito grande no mercado, até as construtoras destão dependendo de uma ou outra agência. A nossa idéia é realmente prestar consultoria - não só no desenvolvimento de produto, mas todo o pacote de marketing. Desenvolver o conceito não só do produto tecnicamente, mas toda comunicação com o mercado. Daqui seis ou sete meses devemos estar com um departamento de marketing que vai ser praticamente uma agência para as construtoras. Mas o mercado local não tem a cultura de manter um departamento de marketing só para a imobiliária. E a gente trabalha muito forte isso.
O que estes investimentos em marketing devem mudar na imobiliária onde o senhor trabalha?

Aqui o mercado é pulverizado em 25 imobiliárias que administram o mercado de lançamentos. Enquanto, nas outras capitais, nas grandes cidades, tem 4 ou 5 - no máximo 10 imobiliárias trabalhando mais forte. Aqui temos duas imobiliárias que mais polarizam o mercado e a Bolsa está entrando no mercado com alguns diferenciais. E não adianta termos isso e não divulgar para o mercado.

4. Entrevistado: Gonzalo Fernandez Mera, da Fernandez Mera Imóveis (São Paulo – SP)

Como as imobiliárias da região de São Paulo estão investindo em marketing?

A gente atua no mercado de São Paulo e do Rio de Janeiro, que são mercados bastante competitivos, então tem imobiliárias muito grandes. Essas empresas todas tem área de marketing. Nossa empresa tem uma diretoria de marketing. Hoje, são aproximadamente 20 pessoas que cuidam só da área de marketing: atendimento aos incorporadores, atendimento ao marketing de vendas da própria empresa e a questão institucional. São essas três áreas que o marketing acompanha.
Há quanto tempo estão investindo mais forte em marketing?

Esse investimento sempre fez parte do nosso negócio. A gente sempre teve o marketing mais voltado pra atendimento dos incorporadores, no desenvolvimento de produtos. O que está mudando agora é que o nosso marketing está voltado mais pra dentro também, pra apoiar os corretores. Está ajudando os corretores nas ações que eles desenvolvem.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Neuromarketing: ciência, moda ou realidade?

A questão central do Neuromarketing é o estudo do estado cerebral do consumidor, quando exposto a diversas mensagens (propaganda) ou experiências de consumo (compra).

Por Luis Perdomo
 
Desde o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa e os modernos conceitos de Marketing, foram feitos avanços importantes na compreensão do comportamento do consumidor.


Decifrar como esse comportamento se dá, e o quê realmente acontece na mente do consumidor, é o sonho de todo profissional de marketing. É por isso que não faltam artigos, inclusive este, livros e inúmeros trabalhos sobre um assunto tão complexo e fascinante.

A década de 90 foi definida pelo Governo Americano e outras nações desenvolvidas como a “década do cérebro” e, como consequência, muitos recursos financeiros e materiais foram destinados para seu estudo.

Em decorrência desta avalanche de trabalhos e estudos científicos, temos hoje uma ideia mais completa do que sabemos e, principalmente, do que não sabemos sobre a mente e o cérebro.

Uma das novidades foi o interesse científico sobre o comportamento de consumo dos consumidores, aspecto que ainda não tinha atraído a curiosidade acadêmica de neurologistas, médicos e outros especialistas.

Um deles, o médico Gerald Zaltman, pesquisador da universidade norte-americana de Harvard, teve a ideia de usar aparelhos de ressonância magnética para fins de Marketing. Foi assim que surgiu um novo conceito: Neuromarketing, termo cunhado por Ale Smidts, professor de Marketing que lecionava no final dos anos 90 em Rotterdam, Holanda.

A questão central do Neuromarketing é o estudo do estado cerebral do consumidor, quando exposto a diversas mensagens (propaganda) ou experiências de consumo (compra).

Já se provou ser possível identificar as zonas do cérebro mais estimuladas durante a experiência de consumo e até mesmo um indício de como são formadas e reforçadas as sinapses (conexões neurais).

Pela primeira vez os profissionais de marketing poderão ter comprovação do real impacto da mensagem por eles elaboradas e veiculadas, na formação dos sentimentos ou pelo menos nas trilhas cerebrais que estas mensagens deveriam despertar.

As aplicações imediatas vão desde a verificação do impacto das ações de marketing até a construção de um novo conjunto de ações, voltadas para os sentimentos e emoções humanas.

Apesar de ser um ramo da ciência ainda incipiente, abre novas perspectivas sobre como fazer pesquisa, comunicação e a própria medição de resultados nesta área.

Por outro lado, a complexidade inerente aos seres humanos não permitirá utilizar esta ferramenta como se todos fôssemos robôs, com respostas automáticas programadas para cada impulso.

Segundo Paulo Vieira de Castro, do Instituto Superior de Administração e Gestão do Porto, Portugal “Isso significa que teremos que admitir os limites do Neuromarketing, uma vez que esta técnica se concentra, quase exclusivamente, na elaboração de modelos físicos ou neurais para a representação da experiência humana”.

Hoje sabemos que as decisões de compra não estão associadas apenas a aspectos racionais, mas, sim, com nosso complexo sistema de valores, crenças e emoções que governam nossos estados mentais.

O Neuromrketing pode vir a confirmar ou refutar alguns modelos, para melhor compreender as pessoas. O comportamento humano e sua construção de “mapa de mundo”, principalmente a tomada de decisões de compra, são hoje melhor explicados pelas chamadas inteligências emocionais, descritas por Daniel Goleman em seu livro “Inteligência Emocional”.

Por outro lado, os modelos utilizados pela Programação Neurolinguística nos permitem ter percepções sobre as chamadas estratégias mentais nunca antes experimentadas.

Tudo isso nos permite imaginar um mundo com uma linguagem mais universal, capacidade de comunicar e produzir experiências ricas, e mais: Caminhar de um estado de arte para a ciência nas questões de Marketing.

Aos profissionais de marketing, vendas e comunicação cabem agora, aprender a correta utilização desta fantástica ferramenta!

Fonte: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/neuromarketing-ciencia-moda-ou-realidade/39098/