quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

10 grandes problemas de Marketing em 2013

 

Produtos retirados do mercado pela Anvisa, ações polêmicas e a acusação sobre contaminação por ratos estão entre as crises que grandes marcas enfrentaram

Por Bruno Garcia, do Mundo do Marketing | 10/12/2013

bruno.garcia@mundodomarketing.com.br


O ano de 2013 não ficou marcado só pelas boas práticas de Marketing. Para muitas companhias, o período foi de enfrentamento de crises, fechamento de unidades e problemas com a opinião pública. Em alguns casos, as marcas foram posteriormente inocentadas. Em outros, as companhias tiveram que amargar prejuízos em vendas e branding. Mas em todos os exemplos, ficam lições para prevenir e conduzir questões de posicionamento, relacionamento com o consumidor e no desenvolvimento de produtos e serviços.

Selecionamos 10 grandes problemas de Marketing que foram noticiados no portal e que geraram grande repercussão entre especialistas. Da mesma forma que na listagem com as 10 melhores ações de Marketing, os critérios para a elaboração dos grandes problemas levaram em conta principalmente a repercussão dos casos entre o público leitor do Mundo do Marketing e nas redes sociais.
As marcas envolvidas são Mercedes-Benz, Coca-Cola, Heinz, Cup Noodles, Ades, Axe, Walmart, Grupo Pão de Açúcar e Royal Canin, sendo que Coca-Cola aparece por duas vezes na lista. Conheça caso a caso a seguir:
Mercedes-Benz e o “lek lek” do Novo Classe A
A Mercedes-Benz causou polêmica ao publicar na internet um vídeo promocional do Novo Classe A que tinha como trilha sonora uma letra de funk. A iniciativa dividiu opiniões, mas especialistas em branding como Jaime Troiano classificaram a ação como equivocada. Já os executivos da marca no Brasil afirmaram que o resultado foi positivo, pela exposição alcançada nas redes sociais. Na ocasião, o Mundo do Marketing obteve informações de que a Mercedes-Benz da Alemanha não tinha ficado satisfeita com a repercussão que o “lek lek” do Novo Classe A gerou.




Unilever inicia auditoria para promoção de Axe
A promoção Axe Apollo Space Academy acabou ganhando repercussão negativa depois que o internauta Thiago Augusto postou um vídeo onde revelava uma falha que possibilitava fraude na votação. O jovem era um dos concorrentes a se tornar astronauta por dia, mas descobriu que e-mails falsos poderiam facilmente ser utilizados para que a mesma pessoa contabilizasse inúmeros votos a seu favor. Procurada pela redação do portal, a assessoria de imprensa da AXE Brasil divulgou uma nota onde afirmava que a promoção passaria por auditoria e se fosse confirmada a fraude, os votos falsos seriam excluídos.




Walmart fecha lojas no Brasil
O Walmart informou o fechamento de 20 a 25 lojas consideradas de baixo desempenho no Brasil. As unidades atingidas pela medida eram predominantemente de pequeno e médio porte, mas dois hipermercados no Rio de Janeiro também entraram na lista. O grupo se comprometeu a recolocar os funcionários das lojas extintas em outras unidades. A estrutura do Walmart no país conta atualmente com 560 estabelecimentos em funcionamento e cerca de 82 mil funcionários. Em comunicado oficial, a companhia informou que estas mudanças fazem parte de um plano de otimização da sua atuação.
AdeS tem venda suspensa pela Anvisa
A Ades teve sua fabricação, distribuição, comercialização e consumo suspensos pela Anvisa depois que a Unilever informou um recall de um lote do suco no sabor maçã, por conta de uma contaminação com produtos de limpeza. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária decidiu suspender todos os lotes até que a situação fosse esclarecida pela companhia. O problema aconteceu em março e foi originado em uma das fábricas da empresa localizada em Minas Gerais. Após uma inspeção, o produto teve sua fabricação e venda novamente liberados.
Consumidoras encontram larvas em Cup Noodles
A Nissin-Ajinomoto foi obrigada a retirar o lote D0892 do macarrão instantâneo do mercado do Rio de Janeiro depois que consumidores encontraram larvas em um pote de Cup Noodles. Em nota, a empresa informou que investigaria a reclamação, mas a Secretaria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor emitiu ordem para que o produto fosse retirado dos pontos de venda imediatamente como medida preventiva.
Anvisa suspende venda do Ketchup Heinz
A Anvisa suspendeu a venda do Tomato ketchup Heinz no Brasil após a Associação dos Consumidores Proteste emitir um alerta sobre a presença de pelos de rato no produto. A denúncia foi confirmada pela agência e após publicação no Diário Oficial da União, o lote 2K04 teve sua venda e distribuição vetada. Em São Bernardo do Campo, São Paulo, outro lote identificado pelo código 2C30 também apresentou o problema. As amostras foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz de Santo André VIII e pelo Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo. A indústria Quero Alimentos, importadora e distribuidora dos produtos Heinz no Brasil, foi obrigada a passar por inspeção. Em nota, a marca afirmou que seus produtos seguem as normas sanitárias internacionais e passam por rigorosos controles de produção e qualidade.
Estátua de criança negra no Pão de Açúcar
O GPA recebeu críticas de consumidores após colocar a estátua de uma criança negra com os pés acorrentados carregando um cesto de pães em uma das lojas do Pão de Açúcar. A peça integrava a decoração do setor de panificação da loja de Vila Romana, em São Paulo. A foto viralizou na internet com quase 4 mil compartilhamentos gerando grande repercussão negativa. A empresa retirou o objeto de exposição e emitiu uma nota de esclarecimento. “O Pão de Açúcar esclarece que a estátua em questão foi adquirida como parte de uma coleção de peças decorativas de loja, sem intenção ou apologia a qualquer tipo de discriminação. A rede agradece os contatos recebidos dos clientes e lamenta o fato ocorrido”.
Marca da Pepsi nas latas de Coca-Cola
Um estudante de publicidade encontrou a marca da Pepsi nas latas da Coca-Cola. Ao recortar uma folha de papel sobre as latas decorativas para a Copa do Mundo 2014, que possuem as cores verde, amarelo e azul, era possível visualizar claramente a logo do refrigerante rival. A imagem circulou na internet e gerou muitos comentários e brincadeiras dos fãs de cada marca, mas para especialistas em design e branding ouvidos pelo Mundo do Marketing, a empresa falhou em não perceber que suas embalagens comemorativas poderiam remeter à concorrente.
Coca-Cola e o caso do rato
A Coca-Cola acabou se envolvendo em uma crise de imagem após denúncias de uma pessoa que teria encontrado um rato morto dentro de uma das garrafas lacradas do refrigerante. A notícia ganhou repercussão na mídia e movimentou as redes sociais. O consumidor Wilson Resende alegava ter tido sérios próblemas de saúde e perdido parte de sua capacidade motora após ingerir, no ano de 2000, o refrigerante contaminado. Desde então, ele move uma ação contra a companhia. Mas em novembro, a Justiça deu ganho à Coca-Cola. A análise do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) considerou “a possibilidade de que a tampa original tenha sido removida, com a adulteração do conteúdo, e a garrafa novamente fechada com uma tampa nova (...), sem que tenha ocorrido ruptura do lacre”. Também foi confirmado que não existe relação entre as condições físicas e psicológicas do consumidor e o consumo da bebida. Os peritos atestaram que ele é portador de transtornos de personalidade e comportamento devido a alguma doença, lesão ou disfunção cerebral.
Durante o período de críticas, a Coca-Cola publicou vídeo convidando os consumidores a ligarem para o 0800 da companhia e agendarem uma visita às fábricas. A visitação já era disponibiliza anteriormente, mas a empresa decidiu reforçar que mantém uma política de portas abertas para mostrar que a acusação de contaminação era infundada.
Royal Canin patrocina rinha de animais
A Royal Canin se envolveu em uma polêmica com rinha de animais. A marca patrocinou um evento na Ucrânia onde uma das atrações era o bear-baiting, uma briga envolvendo um urso acorrentado e cães de caça. Após a denúncia da Anda (Agência de Notícias dos Direitos dos Animais), os vídeos circularam a internet  gerando uma enxurrada de críticas à empresa, que emitiu comunicado pedindo desculpas pelo ocorrido. O conteúdo foi publicado originalmente pela FOUR PAWS, entidade internacional de protenção aos animais. A Royal Canin pertence ao grupo Mars, também responsável pelas marcas Pedigree, Whiskas, Champ e Frolic.
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