segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Dicas para um brainstorm criativo e inovador em mídias sociais

 


Já comentei aqui no blog que o sucesso ou fracasso de uma estratégia em mídias sociais não depende de uma receita pronta e infalível. Então o passo inicial sempre acaba sendo um brainstorm para achar um caminho que se encaixe com seus objetivos.
Eu nunca havia participado de uma reunião de criação de campanha em mídias sociais – apesar de ter esse blog cheio de boas ideias – até esta semana, quando participei da minha primeira – ou uma tentativa – na Campus Party 2013.
Comandando a nossa reunião fictícia estava a Gabriela Hunnicutt, diretora-geral e de criação da agência Bold Conteúdo, com a ajuda da dupla Daniel Rodrigues e Luiz Padreca, criadores do site de culinária – nerd e divertida – Miolos Fritos. A proposta fictícia? Criar uma campanha em mídias sociais para uma marca de pratos regionais prontos, como acarajé para o Nordeste ou churrasco para o Sul, com um foco na Copa de 2014, aqui no Brasil.
Algumas pessoas da plateia foram escolhidas para subir ao palco e formar a equipe de criação, o que não impediu que todo mundo desses seus pitacos. Antes mesmo de começarmos, Gabriela passou alguns slides com dicas importantes para qualquer empresa no que diz respeito a mídias sociais. Gravem isso antes de começar um brainstorm como esse:
“Quem fala sozinha é a TV. Nas redes sociais, as marcas têm de chamar para a conversa.”
“Se o conteúdo é bom, as pessoas compartilham. Você não precisa pedir que elas façam isso.”
Depois de várias sugestões, discussões – e algumas digressões – aqui estão algumas dicas para ter um bom brainstorm:

- Nunca elimine nenhuma ideia de cara. Deixe-a cozinhar um pouco na roda antes de descartá-la; ela pode ser repensada e virar em algo que faça algum sentido até o final da reunião;
- Lembre-se de que as ideias precisam ser adequadas para as mídias sociais. Cada uma delas tem uma linguagem ou estratégias que, por exemplos anteriores, são mais eficientes em cada uma. Não vá sugerindo um aplicativo para o Twitter ou um concurso de frases para o Pinterest;
- Faça quantas perguntas forem necessárias para você entender completamente aonde vocês querem chegar, que ferramentas vão usar, qual será o orçamento e por assim vai;
- Ao entender o que você quer alcançar, não se esqueça de todos os elementos da campanha. Nos empolgamos tanto com a parte das mídias sociais e das comidas típicas, que esquecemos que elas são prontas – ou seja, vendidas em supermercado – e que a campanha tem o foco na Copa do Mundo 2014;
- Escute as sugestões do seu chefe – ou de clientes –, mesmo que elas pareçam absurdas. Alguma coisa pode sair daí;
- Os usuários de mídias sociais gostam de interagir e contribuir e gostam de ser reconhecidos por isso. Eu – que também dei algumas sugestões – disse que a marca, sendo de comida pronta, poderia pedir para pessoas de determinadas regiões prepararem pratos típicos de onde moram e enviarem fotos ou vídeos de suas tentativas. Depois, ela mostraria uma amostra do mesmo prato preparado pela marca, para que a pessoa não precisasse se preocupar em tentar cozinhar de novo;
- Mantenha esse diálogo com o usuário sempre aberto. “Quando você começa um diálogo com os usuários por meio de mídias sociais, não pode deixar esse canal desaparecer. É como jogar pinball: você não pode deixar a bolinha cair e precisa continuar acertando os alvos e fazendo pontos”, afirma Padreca.
- Na linha da colaboração dos usuários, a própria Gabriela sugeriu que a marca de pratos fizesse uma pesquisa com os consumidores sobre que pratos típicos poderiam entrar na linha. Uma grande competição para decidir que comida identificava cada estado ou região;
- Integração do virtual com o real sempre amplifica o poder do conteúdo divulgado online. Um dos participantes sugeriu a ideia de uma caravana pelas regiões, testando os pratos com moradores de cada uma delas e incentivando o compartilhamento das opiniões pelas mídias sociais;
- Pensando que viralizar é o sonho de qualquer campanha em mídias sociais e que vídeos e ações de marketing de guerrilha geralmente bombam na internet, sugeri uma ação em diferentes cidades, lugares que vendessem determinados pratos típicos, oferecessem comidas de outras regiões. Exemplo: uma baiana em Salvador surpreender seus clientes com uma suculenta picanha, ou uma casa de pão de queijo mineiro oferecer miniacarajés, tudo filmado, claro. A surpresa poderia levar as pessoas a comentar isso pelas mídias sociais;
- Para divulgar os pratos, e levando em consideração o número de turistas que virão durante a Copa, muitas pessoas sugeriram usar expressões típicas de cada região – o “oxente” baiano, ou o “meu” paulista – em frases em outras línguas, ou traduções de frases comuns de cada região.
O que vocês acharam de nossa reunião? E das dicas? O que você acrescentaria como ideia para essa campanha hipotética?

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