terça-feira, 8 de janeiro de 2013

As 5 Pedras da satisfação Pessoal

A trajetória rumo à satisfação profissional muitas vezes encontra obstáculos. Toda carreira tem seus altos e baixos e mesmo o mais bem sucedido profissional já encontrou algumas pedras no caminho.Não é difícil perceber quando o nível de motivaçãoatinge patamares negativos. Com o ânimo em frangalhos para encarar o expediente no escritório, o profissional tende a mudar de emprego na primeira oportunidade. Esta realidade talvez explique a crescente rotatividade de profissionais nas empresas, o que no jargão corporativo é chamado de turnover. “Apesar de se falar em apagão de talentos, o turnover tem aumentado. De modo, geral as pessoas não estão satisfeitas nos seus trabalhos”, diz Fausto Alvarez, sócio-diretor da consultoria Kienbaum.Mas, afinal, o que está impedindo a felicidade dos profissionais? EXAME.com consultou dois especialistas para tentar levantar quais as maiores pedras impedindo a estrada que leva à satisfação profissional. Confira quais são elas e o quanto de energia você vai ter que investir para tirá-las da rota:
 
1 Não gostar do que faz
Começar a manhã de trabalho no escritório contando as horas para o expediente acabar. Passar a semana inteira esperando o fim de semana chegar e ser tomado pelo incômodo frio na barriga assim que o sol se põe no domingo. Identificar-se com este cenário pode ser um sinal de que você não experimenta satisfação alguma quando o assunto é trabalho. Na opinião de Pedro Gomes, representante da Dale Carnegie no Brasil, os mais frustrados são aqueles profissionais que não fazem o que gostam. “A satisfação está ligada ao objetivo de vida, então a primeira barreira é estar trabalhando na área que não é a paixão dela”, diz Gomes. Como tirar esta pedra do seu caminho: Busque alternativas Esqueça mitos sobre transição de carreira e considere uma mudança. “Nunca é tarde para buscar o que gosta, vemos pessoas terem sucesso aos 60 anos”, diz Gomes. Mas, lembre-se: investigue motivos e aposte no planejamento, etapas fundamentais para uma transição profissional menos turbulenta.
2 Falta de oportunidade e reconhecimento
Dos cerca de 20 mil executivos avaliados pela Kienbaum, diz Alvarez, o ponto central da insatisfação está relacionado à falta de oportunidade de crescimento profissional. “A gente pergunta para ele o que eles querem em troca para continuar na empresa em que estão trabalhando e o progresso de carreira é a questão que mais aparece”, explica o sócio diretor da Kienbaum. Sem oferecer oportunidade de crescimento e com poucas chances de aprendizado, é difícil manter alguém satisfeito. Isso faz parte do reconhecimento que o profissional espera em contrapartida ao seu bom desempenho. “Tem empresa que acha que pagar um salário competitivo é o suficiente, mas uma boa remuneração não motiva, a falta de salário justo é que é altamente desmotivante”, diz Gomes. “As pessoas já entenderam que salário maior é consequência de um desafio , de uma nova promoção, ninguém vai ganhar aumento se continuar fazendo a mesma coisa”, diz Alvarez. Como tirar esta pedra do seu caminho: Não ter mais como se desenvolver na empresa pode ser um sinal de que o ciclo nela talvez já esteja fechado. No entanto verifique qual o seu grau de responsabilidade nesta situação. Se decidir buscar novos desafios procure sempre optar por empresas que ofereçam oportunidades de crescimento e faça escolhas mais alicerçadas para que as chances de sucesso e permanência sejam maiores. Não se esqueça de que uma movimentação intensa de uma empresa para outra pode gerar desconfiança no mercado.
3 Falta de autonomia
Um gestor centralizador pode aniquilar a autonomia e tirar a motivação de sua equipe. “É uma questão que aparece bastante, os executivos querem ter mais autonomia em seus trabalhos”, diz Alvarez. De acordo com ele, esta pode ser uma “pedra” resultante da própria cultura da empresa. “A maioria, 80%, quer sair da empresa por causa do chefe, por isso, na maioria das vezes o problema está na liderança”, diz o especialista. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revelou que um bom chefe vale mais que um aumento de salário. Isso porque a maioria das pessoas considera que um bom relacionamento com a chefia traria mais oportunidades de sucesso na carreira. Como tirar esta pedra do seu caminho: Se a questão da autonomia está atrapalhando a sua satisfação pessoal, uma alternativa é tentar negociá-la com seu chefe. Aposte em uma estratégia de negociação, e mostre que os resultados entregues por você referendam esse pedido. Lembre-se de que se o problema estiver ancorado na cultura da empresa, a dificuldade será maior.
4 Desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional
Expediente eterno, horas extras no home office e trabalho acumulado no fim de semana pesam na balança e desequilibram a vida de muita gente. Se a sua rotina é parecida com a de Joe Labor, personagem principal criado por André Caldeira no livro “Muito Trabalho Pouco Stress”, a sua satisfação deve mesmo estar próxima de zero. “As pessoas reclamam muito disso. Empresas são máquinas de triturar as pessoas. Não tem diferença mais entre o ‘importante’ e o ‘urgente’”, diz Alvarez. Como tirar esta pedra do seu caminho: a boa notícia é que a preocupação com a qualidade de vida está mais presente nas empresas. “Isso está mais na mesa dos executivos, hoje em dia”, diz Alvarez. Mas se esse cuidado está passando longe da sua empresa, cabe a você estabelecer alguns limites e investir na administração de tempo. Afinal não é preciso ser um workaholic para ter sucesso na carreira.
5 Não saber lidar com o stress da rotina corporativa
Prazos, metas, resultados. Estas três palavras são também frutos da competitividade acirrada no mundo corporativo e podem assombrar muita gente. Se a pessoa não tiver capacidade para gerenciar isso, e, principalmente, não souber lidar com a competitividade interna nas empresas, a satisfação pode ser prejudicada, diz representante da Dale Carnegie, Pedro Gomes. Como tirar esta pedra do seu caminho: a competitividade é fato e não vai deixar de existir. Ao contrário, a tendência é sempre aumentar. Por isso desenvolva mecanismos que o ajudem a gerenciá-la. “O gerenciamento do estresse tem que fazer parte da competência do profissional”, diz Gomes. Se você está sentindo dentro de uma panela de pressão, algumas atitudes são fundamentais. Ser transparente, negociar prazos, definir prioridades e desligar-se quando possível são algumas delas.

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